quinta-feira, 22 de março de 2018

PESQUISA DE SOPA PARAGUAIA.

A primeira coisa que vem em mente quando somos apresentados à esta receita é “Ué? Não era uma sopa?“. Pois foi isso que eu também perguntei quando comi pela primeira vez esse prato Paraguaio que é bem comum no Mato Grosso do Sul, onde mora uma parte da minha família.
Pesquisei a origem desta receita e achei duas explicações:
A primeira é que os soldados durante a guerra do Paraguai levavam uma sopa na bagagem e como derramava constantemente resolveram acrescentar mais farinha para mudar sua consistência e acabou virando uma torta, mas manteve o nome “Sopa Paraguaia”.
A outra explicação, que é bem semelhante, é que em 1840 a cozinheira do então presidente do Paraguai teria errado a mão na farinha de milho durante a preparação de uma sopa e assim surgiu a torta com nome de “Sopa Paraguaia”.
O fato é que independente da origem a Sopa Paraguaia é uma delícia! Essa é a receita da Nanci, namorada do meu primo, que nasceu no Paraguai e hoje vive em Campo Grande-MS. Sei que existem outras variações (com milho de espiga, com farinha de milho, etc), mas eu achei essa a mais gostosa que já provei. E o melhor, é muito fácil de fazer, olha só:
Ingredientes (copo medida 200ml):
2/3 de copo de óleo;
2 cebolas médias em fatias finas;
2 ovos levemente batidos;
500 ml de leite;
1/2 pacote, ou 250g de Milharina;
1 colher rasa (sopa) de fermento em pó;
1 prato fundo de queijo picado em cubos (pode ser queijo caipira, minas, meia cura ou branco);
Queijo ralado para polvilhar por cima (parmesão ou o mesmo queijo usado em cubos);
Sal e pimenta do reino à gosto.
Frite a cebola no óleo sem deixar dourar, apenas para murchar. Deixe a cebola com o óleo esfriar, em seguida junte os ovos , o leite, a Milharina, o sal a pimenta e por último o fermento. Coloque em uma forma untada e enfarinhada, distribua os cubinhos de queijo, coloque o queijo ralado por cima e leve ao forno em 200ºC até dourar por cima e ficar bem firme. Como cada forno é de um jeito, não vou passar o tempo de forno, fique de olho, após 20 minutos pode abrir o forno e verificar.
O resultado é essa torta simples, mas muuuito saborosa:

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quarta-feira, 21 de março de 2018

MODELO DE PLANO DE AULA DE CIÊNCIAS /QUINTO ANO AR E ATMOSFERA.

Plano de Aula - Ciencias (5º Ano): Ar e Atmosfera

Para baixar: Clique aqui
 
PLANO – CIÊNCIAS
 
Instituição: Escola Estadual XV de Novembro
Programa: Circuito Campeão
Professora: Joyce Romão
Disciplina: Ciências
Série: 5º Ano “A” e “B”
Nº de Aulas: 08 aulas de 60 minutos (em cada turma)
Data:
“A educação é o maior e mais difícil problema imposto ao homem." (Immanuel Kant)
 
Eixo: Vida e meio ambiente. 
Competências Desenvolvidas pelo Aluno:
Ser capaz de utilizar-se das informações para compreender a interação e a interdependência dos fatores abióticos e bióticos de manutenção à vida, valorizando a biodiversidade, reconhecendo as transformações provocadas pela ação humana e as medidas de proteção ao meio ambiente como recursos para garantir a sustentabilidade do planeta;
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente;
Identificar os elementos e as interações presentes em diferentes ambientes naturais e construídos pelo homem;
Compreender a natureza como um todo dinâmico;
Analisar fenômenos com base na formulação de modelos explicativos.
 
Habilidades Desenvolvidas pelo Aluno:
Identificar a composição e propriedades do ar;
Diferenciar clima e tempo;
Compreender os principais fenômenos atmosféricos;
Relacionar ar e vento;
Reconhecer o vento como um fenômeno meteorológico;
Identificar fatores que influenciam na formação dos ventos: pressão atmosférica, radiação solar, umidade do ar e evaporação;
Perceber no vento uma importante fonte de energia renovável;
Compreender o que significa poluição atmosférica no contexto atual;
Elencar e discutir sobre os fatores que provocam a crescente poluição do ar;
Reconhecer e analisar os efeitos da poluição atmosférica no meio ambiente e na saúde das pessoas;
Conhecer e divulgar ações de combate à poluição do ar;
Identificar a importância da camada de ozônio e os fatores que ocasionam a sua destruição;
Verificar a importância do gás oxigênio para os seres vivos e para a vida na Terra.
Conteúdo:
O ar no planeta: composição e propriedades
Espaço ocupado e peso do ar
Atmosfera um grande filtro
Atmosfera: as diferenças entre clima e tempo e seus fenômenos
Ar e vento: tipos e utilização energética
Poluição do ar: efeitos no ambiente e na saúde humana
Destruição da camada de ozônio e o aquecimento global: os perigos ao planeta
Relação do ar com os seres vivos: a importância do oxigênio para a vida na terra
 
Desenvolvimento de Situações Didáticas:
Aulas expositivas dialogadas, inclusive com o uso drecursos audiovisuais e midiáticos;
Demonstrações práticaatravés do desenvolvimento de experiências concretas;
Interpretação de textos informativos e imagens;
Jogos educativos;
Leituras compartilhadas;
Levantamento de hipóteses;
Pesquisas através da biblioteca e portais educacionais;
Problematizações;
Produções textuais;
Resolução de exercícios de fixação e tarefas sistemáticas e desafiadoras;
Uso do livro didático;
Trabalhos em grupo.
Revisão: Será realizada de forma oral e escrita, via questionamento sobre o conteúdo ministrado, bem como, realização de exercícios de fixação e produção escrita.
 
Recursos: notebook; projetor; microfone; caixas amplificadoras de som; impressora; vídeos; musicas; jogos; internet; materiais concretos; quadro; giz; livro didático; textos informativos; materiais impressos; caderno; lápis; borracha; papel sulfite.
 
Avaliação: A avaliação será processual e contínua no decorrer de todas as aulas, os principais instrumentos utilizados serão: a resolução de exercícios de fixação, a realização de pesquisas e a produção textual. Bem como, os principais fatores observados: comportamento, desenvolvimento, participação, interesse e assiduidade.
 
Bibliografia:
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: ciências naturais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
Caderno do Futuro – Ciências 5º Ano.
Instituto Ayrton Senna. Fluxo – Ciências (5º Ano). Circuito Campeão.
PESSÔA, Karina, FAVALLI, Leonel. A escola é nossa: ciências – 5º ano. São Paulo: Scipione, 2011.
TOCANTINS. Referencial Curricular para o Ensino Fundamental de 1º à 9º ano – Artes, 2009.
 
 
Anexo: 
AR E ATMOSFERA
O AR - COMPOSIÇÃO E PROPRIEDADES: O ar é uma mistura de gases. O ar é invisível, incolor, inodoro, tem peso e ocupa lugar no espaço.
COMPOSIÇÃO DO AR: O ar atmosférico é composto por uma mistura de gases presentes no planeta Terra. O ar apresenta, em sua composição: 78% de gás nitrogênio; 21% de oxigênio, e; 01% de gás carbônico, vapor de água, impurezas e outros gases. Essa é proporção de gases no ar seco. Fato interessante de se observar é que a composição do ar varia conforme a latitude. Quanto mais alto, mais limpo o ar é, e menos quantidade de oxigênio (ar rarefeito).
PROPRIEDADES DO AR: Compressibilidade: é a propriedade do ar de tornar-se comprimido, ou seja, ocupar menos espaço; Elasticidade: é a propriedade do ar de voltar a ocupar o seu volume inicial após ser comprimido; O ar tem massa: Na Terra, tudo o que tem massa também tem peso, ou seja, é atraído pela gravidade terrestre, que é a força que puxa todas as coisas para o seu centro; O ar exerce pressão: A massa de ar atmosférico exerce pressão sobre a superfície da Terra, que é a pressão atmosférica.
CLIMA X TEMPO: Apesar de serem confundidos, clima e tempo são coisas diferentes. O Tempo está relacionado com as condições meteorológicas do momento, podendo mudar de um instante para outro. Já o clima é a fusão dos tipos de tempo que ocorrem em uma determinada região, e assim se tornam uma característica de tal região.
VENTO: O vento é um fenômeno meteorológico formado pelo movimento do ar na atmosfera. O vento é gerado através de fenômenos naturais (ex.: rotação e translação). Existem vários fatores que podem influenciar na formação do vento, fazendo com que este possa ser mais forte (ventania) ou suave (brisa). Pressão atmosférica, radiação solar, umidade do ar e evaporação influenciam diretamente nas características do vento. O vento é muito importante para o ser humano, pois facilita a dispersão dos poluentes e também pode gerar energia (energia eólica).
ENERGIA EÓLICA: Energia eólica é aquela gerada pelo vento. Desde a antiguidade este tipo de energia é utilizado pelo homem, principalmente nas embarcações e moinhos. Atualmente, a energia eólica, embora pouco utilizada, é considerada uma importante fonte de energia por se tratar de uma fonte limpa (não gera poluição e não agride o meio ambiente). Grandes turbinas (aerogeradores), em formato de cata-vento, são colocadas em locais abertos e com boa quantidade de vento. Através de um gerador, o movimento destas turbinas gera energia elétrica.
A POLUIÇÃO DO AR: A poluição do ar é caracterizada pela presença de gases tóxicos e partículas líquidas ou sólidas no ar. Os escapamentos dos veículos, as chaminés das fábricas, as queimadas estão constantemente lançando no ar grandes quantidades de substâncias prejudiciais à saúde.
OS EFEITOS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA: A emissão excessiva de poluentes tem provocado sérios danos à saúde como problemas respiratórios (bronquite crônica e asma), alergias, lesões degenerativas no sistema nervoso ou em órgãos vitais e até câncer. Os danos não se restringem à espécie humana. Toda a natureza é afetada. A toxidez do ar ocasiona a destruição de florestas, fortes chuvas que provocam a erosão do solo e o entupimento dos rios.
CAMADA DE OZÔNIO: A camada de ozônio é uma "capa" de ar (gás oxônio = O3) que envolve a Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, que é a principal causadora de câncer de pele.
EFEITO ESTUFA: O efeito estufa é o aquecimento da Terra, ou seja, é a elevação da temperatura terrestre em virtude da presença de certos gases na atmosfera. Esses gases permitem que a luz solar atinja a superfície terrestre, mas bloqueia e enviam de volta parte da radiação infravermelha (calor) irradiada pela Terra. O principal agente causador do efeito estufa é o gás carbônico (CO2) resultante da combustão do carvão, lenha e petróleo. As consequências desse fenômeno são catastróficas como o aquecimento e a alteração do clima favorecendo a ocorrência de furacões, tempestades e até terremotos; ou o degelo das calotas polares, aumentando o nível do mar e inundando regiões litorâneas; ou afetando o equilíbrio ambiental com o surgimento de epidemias.
 
ATIVIDADE – AR E ATMOSFERA
Depois de fazer o cabeçaria, pesquise e responda no caderno:
Quais são as características do ar? (3 linhas)
Qual a composição do ar em (%) e qual o gás mais abundante? (5 linhas)
Defina compressibilidade e elasticidade do ar: (8 linhas)
Explique com suas palavras a diferença entre clima e tempo: (8 linhas)
O que é o causa o vento? (4 linhas)
Diga com suas palavras porque o vento é importante para o ser humano: (3 linhas)
O que é energia eólica e como o vento gera eletricidade? (6 linhas)
O que é energia limpa? (2 linhas)
Diga o que é poluição atmosférica? (2 linhas)
Quais são os principais responsáveis pela poluição do ar? (2 linhas)
Cite três doenças que a poluição atmosférica pode causar: (2 linhas)
Cite cinco consequências da toxidade/poluição do ar: (3 linhas)
O que é a camada de ozônio? (3 linhas)
A camada de ozônio protege a Terra de qual radiação? E que tipo de doença a destruição dessa camada pode causar ao homem? (2 linhas)
Qual o principal gás causador do efeito estufa? (1 linhas)
Descreva as principais consequências do aquecimento global: (4 linhas)
 
Marque apenas os impactos ambientais diretamente causados pela poluição atmosférica:
(       ) Redução da camada de ozônio 
(       ) Extinção de espécies
(       ) Efeito estufa 
(       ) Desertificação dos solos
(       ) Chuva ácida
Vídeos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

moimentos da TERRA 4 E 5 AN0.

Plano de Aula - Ciencias (3º//4/5 Ano): Sistema Solar e Movimentos da Terra

 P

PLANO – CIÊNCIAS 
 

Professora: Joyce Romão
Disciplina: Ciências
Série: 3º Ano “A” e “B”
Período de Desenvolvimento das aulas:
Nº de Aulas: 04 aulas de 60 minutos (em cada turma)
Data:
 
“Não se pode falar de educação sem amor". (Paulo Freire)

Eixo: Terra e Universo; Vida e meio ambiente.  

Competências Desenvolvidas pelo Aluno: 
Ser capaz de utilizar-se das informações para compreender a interação e a interdependência dos fatores abióticos e bióticos de manutenção à vida, valorizando a biodiversidade, reconhecendo as transformações provocadas pela ação humana e as medidas de proteção ao meio ambiente como recursos para garantir a sustentabilidade do planeta;
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente;
Identificar os elementos e as interações presentes em diferentes ambientes naturais e construídos pelo homem;
Compreender a natureza como um todo dinâmico;
Analisar fenômenos com base na formulação de modelos explicativos.

Habilidades Desenvolvidas pelo Aluno:
Diferenciar planeta de estrela e satélites naturais;
Conhecer a organização do Sistema Solar;
Situar o planeta Terra e o satélite Lua e suas características pela posição no Sistema Solar;
Caracterizar o Sol, a Terra e a Lua;
Relacionar a importância da luz solar e do calor do sol para a vida no planeta;
Identificar as diferentes fases da Lua
Conhecer os principais conhecimentos científicos e mitos relacionados a Lua;
Diferenciar movimento de rotação e translação;
Observar a posição do sol no céu e seus efeitos produzindo dia e noite, bem como, relacionar esses eventos ao movimento de rotação da Terra;
Identificar as diferentes estações do ano, bem como, relacionar esses eventos ao movimento de translação da Terra. 

Conteúdo:
O Sistema Solar: estrelas, planetas e satélites naturais
Sol: luz, calor e vida
Lua: fases e influência da lua no modo de viver dos homens (mitos e conhecimento científico)
Terra: movimentos de rotação e translação e a contagem do tempo (dias, noites e estações do ano)

Desenvolvimento de Situações Didáticas:
Aulas expositivas dialogadas, inclusive com o uso drecursos audiovisuais e midiáticos;
Demonstrações práticaatravés do desenvolvimento de experiências concretas;
Interpretação de textos informativos e imagens;
Jogos educativos;
Leituras compartilhadas;
Levantamento de hipóteses;
Pesquisas através da biblioteca e portais educacionais;
Problematizações;
Produções textuais;
Resolução de exercícios de fixação e tarefas sistemáticas e desafiadoras;
Uso do livro didático;
Trabalhos em grupo.

Revisão: Será realizada de forma oral e escrita, via questionamento sobre o conteúdo ministrado, bem como, realização de exercícios de fixação e produção escrita.

Recursos: notebook; projetor; microfone; caixas amplificadoras de som; impressora; vídeos; musicas; jogos; internet; materiais concretos; quadro; giz; livro didático; textos informativos; materiais impressos; caderno; lápis; borracha; papel sulfite.

Avaliação: A avaliação será processual e contínua no decorrer de todas as aulas, os principais instrumentos utilizados serão: a resolução de exercícios de fixação, a realização de pesquisas e a produção textual. Bem como, os principais fatores observados: comportamento, desenvolvimento, participação, interesse e assiduidade. 

Bibliografia:
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: ciências naturais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
Caderno do Futuro – Ciências 3º Ano.
Instituto Ayrton Senna. Fluxo – Ciências (3º Ano). Circuito Campeão.
PESSÔA, Karina, FAVALLI, Leonel. A escola é nossa: ciências – 3º ano. São Paulo: Scipione, 2011.
TOCANTINS. Referencial Curricular para o Ensino Fundamental de 1º à 9º ano – Artes, 2009.

Interatividade:
Jogo on-line: O sistema solar: http://www.escolagames.com.br/jogos/sistemaSolar/
Jogo on-line: O sistema solar: http://www.cambito.com.br/games/solar.htm

O grafite na sala de aula e fora dela


Salvar
Por: professor

Objetivo(s) 

  • Debater sobre as manifestações artísticas em espaços não-convencionais.
  • Experimentar o caráter transgressor da arte.
  • Conhecer e debater sobre as relações entre a arte e a política.

Conteúdo(s) 

  • Relações entre a arte e a política.
  • O grafite como expressão poética e política.




 


Ano(s) 

6º, 7º, 8º, 9º

Tempo estimado 

Oito aulas

Material necessário 

  • Para as apreciações e aulas expositivas de contextualização - imagens pesquisadas na internet para serem utilizadas durante todo o projeto (podem estar em Power Point ou serem impressas e coladas em cartões para serem manuseadas pelos alunos) e textos de apoio para os alunos (veja sugestões abaixo).
  • Para o mural, fanzine ou jornal- material gráfico e cópias para tiragem e circulação junto à comunidade.
  • Para o grafite - tintas para parede de várias cores, rolos, pincéis e trinchas, esponjas, papéis diversos para colagem, pratos e potes para colocar as tintas e para limpeza do material.
  • Para a realização de estêncil - plástico de capa transparente e caneta de retroprojetor para fazer o desenho, estiletes para cortar o estêncil, e fita crepe para fixar o estêncil na parede.
  • Para a proposta de ampliar o projeto coletivo na parede - plástico transparente e caneta de retroprojetor para realização do projeto e retroprojetor para o projetar o desenho na parede.

Desenvolvimento 

1ª etapa 
Inicie o projeto debatendo sobre as diferenças entre o grafite, a pichação e a "pixação". Há uma diferença entre estas duas últimas manifestações, que não se restringe ao modo de grafar as palavras.
Uma quantidade significativa de alunos terá argumentos para diferenciar o grafite, a pichação e o pixo. Pode ser um bom caminho escrever estas três palavras no quadro e perguntar: "Qual mais aparece na cidade?" Discutir sobre o lugar em que aparecem também, pois o grafite e a pichação são feitos normalmente em paredes e muros, estão mais próximos de nosso ponto de vista. A pixação manifesta de modo mais incisivo a demarcação de território, ocupação, e este pode ser um dos motivos de serem feitos em locais que nos leva a questionar: "Como os pixadores chegam no topo dos prédios, em lugares improváveis de viadutos e pontes?" Como verdadeiros alpinistas, pixam em paredes e vidros, portas e postes.
Tematizar a atitude é fundamental para evidenciar a diferença. Não há dúvida que as três manifestações tenham carga de transgressão. Consideradas como articulação entre arte e política para aqueles que as realizam, o mesmo não se pode dizer a respeito das instituições e do público, que muitas vezes questionam suas atitudes, considerando-as depredatórias, além de provocar poluição visual.
As pichações, que surgem historicamente como espaço de expressão de ideias políticas, lança mão da linguagem verbal, são frases ou palavras de ordem. Podem também ser frases poéticas ou declarações de amor e amizade. O pixo expressa o espaço em disputa, e as palavras ou frases utilizadas são grafismos indecifráveis para as pessoas que não fazem parte do grupo (como o Grupo Pixação, de São Paulo. O grafite tem caráter transgressor pela vontade de levar a arte para fora dos muros da instituição (como Alex Valauri, o pai do grafite no Brasil). A maioria dos grafites exploram a linguagem visual, mas podem também trazer com frases ou palavras trabalhadas plasticamente com formas e cores.
Segundo Moacir dos Anjos, curador da 29ª Bienal de São Paulo, "... a ¿pixação¿, ou simplesmente o pixo, com 'x' mesmo, grafia usada por seus praticantes para diferenciar o que fazem hoje em São Paulo das pichações político-partidárias, religiosas, musicais, ou mesmo ligadas à propaganda que há vários anos enchem os muros e paredes da cidade, a despeito do quão 'limpa' ela queira apresentar-se. E queremos incluí-lo porque achamos que o pixo borra e questiona os limites usuais que separam o que é arte e o que é política", em http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/720657-pixo-questiona-limites-que-separam-arte-e-politica-diz-curador-da-bienal-de-sp.shtml
A proposta é que esse projeto didático ganhe um caráter político, uma vez que vamos dar voz aos alunos, além de dar espaço para que atuem com expressividade.
Quando se fala em pichação, todas as pessoas que moram em grandes centros urbanos podem ter voz. Os muros e paredes das ruas e viadutos, prédios e fachadas de casas são alvos da vontade de alguém se apropriar da cidade. Por esta razão, todas as pessoas que moram na rua, no bairro e na cidade estão dentro do debate - mas estando na escola, podemos torná-lo mais organizado e recheado de informações.
Como o assunto é polêmico e envolve diferentes pontos de vista, é propício levar a proposta para uma dimensão política. Citando novamente Moacir dos Anjos, "Lembro que política é aqui entendida não como espaço de apaziguamento de diferenças, mas justamente o contrário. Ou seja, como o espaço formado pelos atos, gestos, falas ou movimentos que abrem fissuras nas convenções e nos consensos que organizam a vida comum. Ou seja, como bem coloca o filósofo francês Jacques Rancière, política entendida como esfera do ¿desentendimento¿".
O debate pode acontecer em todas as classes em que você leciona, separadamente, mas é fundamental que o que acontecer em cada uma delas seja comunicado para todos os envolvidos no projeto. Para isto, os alunos podem ser organizados como em uma assembleia, quando todos podem ter voz e um tempo determinado para defender sua posição. Para realizar os registros, a turma pode ser dividida em três, sendo que cada grupo fica responsável por anotar ideias referentes ao grafite, a pichação e a "pixação".
Após a assembleia, apresente algumas imagens que ilustrem os diferentes tipos de manifestação e pequenos textos que definam melhor cada uma delas. Todas as ideias que circularam podem ser reunidas para que possam ser compartilhadas pela comunidade: um mural no corredor, um jornal ou um fanzine.
2ª etapa 
As aulas seguintes podem ter situações alternadas de apreciação, contextualização e produção. Se o projeto for proposto para diferentes séries, do 6º ao 9º ano, é importante que em cada série ganhe um tratamento didático diferente, e que haja uma progressão nos desafios colocados. Um exemplo é propor que cada série se dedique a estudar diferentes aspectos: a dimensão coletiva da manifestação, o suporte em espaços públicos, as características das marcas pessoais características etc. Esses estudos também devem ser divulgados entre as turmas, por isso é importante reservar tempo para sistematização dos conhecimentos construídos em um mural ou produção de um jornal ou fanzine.
3ª etapa 
Convide todos a realizar um grafite na escola - antes disso, defina o lugar em que cada série vai trabalhar. Para sensibilizar o olhar dos alunos, vale a pena observar os lugares escolhidos por diferentes artistas para que eles tenham referências. Lance perguntas que favoreçam relacionar imagem e espaço, conforme as sugestões abaixo.
Saiba que serão necessárias pelo menos cinco aulas para que os alunos elaborem projetos, possam receber suas orientações, e participem de situações de apreciação que dialoguem com os projetos criados.
Os artistas Leonardo Delafuente (D lafuen T) e Anderson Augusto (SÃO) criaram o Projeto 6emeia e espalharam pelos bairros paulistanos da Barra Funda e do Bom Retiro vários grafites em bueiros e bocas de lobo. Os desenhos podem inspirar questões: o que mais poderia ser pintado na boca de lobo? Que outros elementos da cidade sugerem a criação de imagens e quais imagens, por exemplo, um poste, a faixa de pedestre? Veja as imagens disponíveis em: http://somentecoisaslegais.com.br/geral/49-grafites-criativos-em-bueiro-e-boca-de-lobo
Zezão olha para os elementos e questões da cidade. Questione: quais aspectos invisíveis podem ser explorados? A proposta é aprofundar a relação com os lugares, e não enfeitá-los. E nós, como podemos fazer isto?
Pode ser interessante olhar para os elementos arquitetônicos da escola como possíveis suportes para o grafite. Para isso, pergunte: de memória, quais elementos são atrativos para fazer o grafite? É muito bacana ver como os grafites dos irmãos Osgemeos se ajustam perfeitamente à arquitetura, como se os lugares dissessem "Aqui cabe uma figura humana" e... "aqui se ajusta perfeitamente uma cabeça". Os elementos construídos se humanizam, a intervenção provoca a reflexão sobre como as pessoas se relacionam com o crescimento da cidade e espaços cada vez mais ocupado por construções. Houve transformações significativas em nosso bairro? Quais? Como poderíamos comentar estas transformações por meio de imagens? Mostre algumas imagens em http://www.verveweb.com.br/jornalismo/osgemeos_adrianapaiva.html.
Após a apreciação de imagens, é chegada a hora de caminhar pela escola, tanto nos espaços internos quanto nos externos, para investigar as potencialidades de cada um. É fundamental compartilhar com os alunos o propósito desta investigação: é a partir dela que vão emergir as ideias para a realização dos grafites.
Enquanto é feita a caminhada pela escola, vale fazer intervenções que provoquem os alunos a refletir sobre a relação que estabelecem com o espaço, tais como: "vamos pensar em uma palavra para este lugar?", "que tipo de ações ocorrem aqui?", "como nosso corpo ocupa este espaço?", "este canto guarda alguma memória?" ou ainda, "vamos encontrar um lugar em que houve um acontecimento marcante".
Para as áreas externas, o mesmo pode acontecer, com perguntas do tipo: "quais são as características da rua da escola?", "quem são as pessoas que circulam por essa rua?", "e que imagens vocês gostariam de criar neste espaço para dialogar com os passantes?", "qual a sua relação com esta rua?", "além do muro da escola, quais outros elementos arquitetônicos podem servir de suporte para a realização do grafite?". Oriente os alunos a fazer registros fotográficos e por escrito para que nada se perca. Apoie a turma no momento de expor as ideias após a caminhada e também ajude a definir o projeto de cada classe.
Com estas informações planeje a aula seguinte, analisando os lugares apontados como os mais interessantes, além das primeiras ideias trazidas pelos alunos. Pense nos agrupamentos que podem ser feitos em cada série. No 6º ano, por exemplo, a proposta pode ser trabalhar coletivamente, favorecendo aprendizagens relacionadas à partilha de ideias, conhecimentos e responsabilidade de cada um.
Seguindo este raciocínio, no 7º ano, o trabalho pode ser realizado em pequenos grupos, no 8º ano em duplas, e, no 9º ano, pode ser um grande desafio que os próprios alunos definam se gostariam de realizar projetos individuais, em duplas ou em grupos - afinal, este tipo de organização é um aspecto determinante no processo de criação.
Para aprofundar os conhecimentos dos alunos, enriquecer e alimentar os projetos, leve referências. Algumas sugestões:
- Para as turmas que forem realizar trabalhos de caráter coletivo, leve referências das pinturas murais, um recorte que favorece o papel político da arte, principalmente no que diz respeito a sua função e relação com o público. A proposta prática pode estar mais relacionada aos procedimentos de pintura mural, e o principal material para fazer isto é o pincel. O projeto pode ser realizado em formato A4, em um acetato, e projetado na parede com retroprojetor. O desenho é passado para o local em que o grafite será realizado. Antes da pintura é importante fazer um estudo de cor para que todos possam participar de modo apropriado da produção. Saiba mais sobre o muralismo na Enciclopédia do Itaú Cultural.
- Se o trabalho for elaborado por pequenos grupos, vale olhar em propostas realizadas por coletivos. O JAMAC- Jardim Miriam Arte Clube pode ser uma referência boa para pensar sobre o envolvimento da comunidade e a transformação dos lugares em que vivem. Esta abordagem amplia a ideia de que fazer o grafite restringe-se a embelezar os lugares. Veja mais em: http://afonsopost.blogspot.com.br/2010/06/monica-nador-e-o-jamac.html
Para a proposta prática, os alunos podem aprender a técnica de estêncil,  ou combinar diferentes linguagens, como pintura e colagem, como na imagem ao lado, do coletivo Matilha Cultural. Veja mais em: Grafite - Coletivo Matilha Cultural - Centro/SP
- Para a turma que for trabalhar em duplas, ouvir depoimentos de grafiteiros que trabalham em dupla se organizam. Os informantes podem ser os próprios alunos, para o caso dos que já praticam este tipo de atividade, ou amigos dos alunos. Assistir a alguns vídeos para analisar o modo como os grafiteiros, pichadores e "pixadores" pensam a relação com o espaço e com a cidade pode ser bem instigante.
Titifreak, por exemplo, explora a relação entre a palavra e a imagem, favorecendo abordar as diferenças entre grafite e "pixação". http://titifreak.blogspot.com.br/
Os alunos podem criar poemas visuais, que dialogam com o grafite, com a pichação e com a "pixação" também.
- Outro possível caminho pode ser focar na institucionalização do grafite, a ampliação do circuito de arte, fazendo a seguinte pergunta: "Qual o motivo de levar o grafite, manifestação de rua e urbana, para as instituições de arte, como museus e galerias?" e "O que significa trazê-lo para dentro da escola?"
As ações podem tencionar mais as relações com a comunidade, mas tudo precisa ser feito com cautela e em comum acordo, para que essa ação não provoque uma recusa por parte da instituição de abarcar e apoiar o projeto. Afinal, a proposta é estudar arte, fazer um exercício de ação poética e política, diferente do que fazem os grafiteiros profissionais. Sobre esse assunto não faltam depoimentos na rede.
Os alunos podem trabalhar com propostas dentro e fora da escola, fazendo um grafite no muro e criando objetos e pinturas que dialoguem com outros espaços internos.
Produto Final
Se os registros foram sendo compartilhados no mural, todos os envolvidos no projeto podem organizar uma apresentação oral para a comunidade ou, se esta proposta for inviável, podem se reunir em pequenos grupos para apresentações para outras classes, para os pais, para os funcionários da escola. Para o caso do fanzine, este pode ser editado e lançado para marcar a finalização do projeto. Por fim, se o jornal foi produzido para documentar todas as etapas do processo, um último número pode ser lançado.

Avaliação 

Para finalizar o projeto, é importante retomar as primeiras ideias dos alunos (aquelas que foram registradas), refletir sobre como se transformaram ao longo do processo, e concluir com uma pesquisa sobre o impacto dessas ações junto à comunidade.