domingo, 21 de setembro de 2014

Corumbá aos 236 anos

Corumbá aos 236 anos é a 4ª cidade mais populosa de MS; qualidade de vida cresce

Marcelo Fernandes em 21 de Setembro de 2014
Corumbá completa neste domingo, 21 de setembro, 236 anos de fundação ostentando crescimento populacional estimado de 0,617% na população de Corumbá entre 2013 e 2014. O município tem, atualmente, 108.010 habitantes. No ano passado o IBGE estimava 107.347 moradores. O crescimento absoluto foi de 663 pessoas. É a quarta cidade mais populosa do Estado.
Talvez, por conta desse pequeno crescimento populacional, a cidade tenha saído do cenário considerado de baixa qualidade de vida para município situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto. Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Corumbá tem IDHM de 0,700.
Em 1991 o índice era de 0,509 (Baixo); em 2000 passou para 0,584 (Baixo) e em 2010, chegou a Alto (0,700). O maior município da região do Pantanal de Mato Grosso do Sul está a um degrau da faixa de desenvolvimento humano Muito Alto (0,800 - 1,000). Corumbá teve um incremento no seu IDHM de 37,52% nas últimas duas décadas. O município ocupa a 1.904ª posição em relação as 5.565 cidades do Brasil. Em relação aos 78 outros municípios de Mato Grosso do Sul, Corumbá ocupa a 26ª posição no ranking do IDHM.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Município tem, atualmente, 108.010 habitantes
A economia local é bastante diversificada. Comércio, serviços e agropecuária respondem pelo maior fluxo de contratações. Dados do Ministério do Trabalho mostram que de janeiro a julho foram criadas 4.330 vagas com carteira assinada na cidade. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O índice equivale a um crescimento de 23,04% em relação ao mesmo período de 2013.
Com 1.473 admissões, o setor de Serviços foi o que mais contratou ao longo de 2014. O segundo lugar no ranking ficou com o Comércio que admitiu 1.060 pessoas. Logo atrás, com 704 contratações com carteira assinada aparece a Agropecuária. Os cinco segmentos restantes, pesquisados pelo Ministério, foram responsáveis por outras 1.093 admissões formais no período. Ao longo dos últimos doze meses, 6.747 pessoas ingressaram no mercado de trabalho formal na cidade. Índice foi 17,81% maior se comparado com a mesma época de 2013, quando houve o registro de 5.722 contratações.
A renda mensal per capita média cresceu 75,88% nas últimas duas décadas, passando de R$ 356,56 em 1.991 para R$ 627,10 em 2.010. Mesmo com o crescimento a renda de pouco mais de R$ 627 é inferior ao valor do salário mínimo que é de R$ 724. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70) passou de 16,57% em 1.991 para 12,58% em 2.000 e para 4,34% em 2.010.
Os indicadores de Educação evoluíram. Em dez anos, teve crescimento de 0,188 e saltou de 0,398 em 2000 para 0,586 em 2010. Os indicadores do Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013 mostram que de 2000 a 2010, cresceu em 65,91% a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola. Também aumentou o número de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do Ensino Fundamental. A taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 7,08% nas últimas duas décadas.
O IDHM ainda leva em consideração os chamados "anos esperados de estudo". Esse quesito indica o número de anos que a criança que inicia a vida escolar no ano de referência tende a completar. Em 2010, Corumbá tinha 9,99 anos esperados de estudo, em 2.000 tinha 8,46 anos e em 1.991 8,54 anos.
Ata de fundação
A ata de fundação de Corumbá foi lavrada em 21 setembro de 1778, com a denominação de Albuquerque. Foi elevada a distrito pela Lei nº 04, de 19 de abril de 1838 e o município pela Lei nº 712, de 05 de julho de 1850.
Corumbá em Números
População estimada 2014 - 108.010 pessoas
População Censo 2010 - 103.703 pessoas
Densidade demográfica - 1,60 hab/km²
Área territorial - 64.962,720 km²
Ensino fundamental (2012) - 19.647 matrículas
Ensino médio (2012) - 4.099 matrículas
Automóvel - 16.189
Caminhão - 888
Motocicleta – 9.274
Ônibus - 208
*Fonte: IBGE

sábado, 20 de setembro de 2014

HISTÓRIA E CULTURA AFRO NO ENSINO FUNDAMENTAL

HISTÓRIA E CULTURA AFRO NO ENSINO FUNDAMENTAL


Projeto: A Mistura de raças do Brasil ( Historia e cultura Afro- brasileira e indígena )
PROFESSORES: Arlete, Maria Martins e Simone
DURAÇÃO: MÊS DE NOVEMBRO
OBJETIVO GERAL
perceber a mistura de raças existente no Brasil e que a maioria das crianças é fruto dessa mistura. Reconhecer e valorizar a diversidade humana, partindo de um processo de conhecimento e respeito de nossas identidades culturais, com o intuito de resgatar e fomentar atitudes individuais e coletivas contra o preconceito e a favor do respeito às diferenças. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Reconhecer e valorizar a diversidade, que está intrinsecamente ligada ao respeito ao outro, com suas crenças, credos e valores, superando assim, a intolerância e a violência entre os indivíduos;
• Compreender a relação entre a diversidade cultural e os direitos humanos;
• Identificar e analisar diferentes situações cotidianas que refletem a intolerância e o desrespeito à diversidade;
• Conhecer diferentes manifestações culturais e suas influências na construção das identidades dos povos
.
Identificar e analisar de forma crítica os elementos geradores das diferenças, objetivando o combate ao preconceito, ao racismo, fatores de exclusão do educando;
• Sensibilizar para a importância da temática étnico-racial, oportunizando discussões sobre o re-conhecimento e valorização das diversidades culturais;
• Possibilitar a construção de um “nós” entre a cultura africana e a brasileira, de uma história e de uma identidade, possibilitando a releitura e a valorização da cultura afro-brasileira e dos afro-descendentes;
• Promover a valorização e a análise dos textos literários afro-brasileiros e a reflexão sobre conceitos e estereótipos acerca do negro;
• Promover a formação de opiniões, atitudes e valores que desenvolvem os cidadãos para a consciência étnico-racial;
• Trabalhar a construção de uma auto-estima positiva no educando, para que o mesmo possa fazer suas considerações positivas no relacionamento social com os seus semelhantes;
• Perceber que pertencemos a grupos sociais, bem como classificar alguns grupos de que fizemos parte;
• Respeitar as diversidades aprendendo a lidar com as diferenças dentro e fora da escola.
OBJETIVOS POR ÁREA DE CONHECIMENTO:
PARA EDUCAÇÃO INFANTIL,1º E 2º ANO.
• Língua Portuguesa – Ler e discutir acerca de diversos tipos de textos inclusive de literatura infantil, para posteriormente refletir, construir novos textos e se expressar a favor da diversidade.
• História – Estudar as dimensões sociais, políticas e culturais como meio para construir a noção de identidade do educando.
• Geografia - Refletir criticamente sobre nossa espacialidade geográfica fundamentando-se numa visão histórica, social, política, cultural e econômica.
• Artes - Incentivar e valorizar a criação artística regional através de suas diversas manifestações como dança, dramatização, músicas e artesanato.
•Religião – Procurar desvendar os saberes e as verdades dos mitos e dos ditos populares com base nos valores e questões éticas.
• Matemática- Pesquisar dados, elaborar gráficos e realizar estimativas de informações relacionadas à temática do projeto.
• Ciências- Estudar as causas de algumas “diferenças” (deficiências genéticas, hereditariedade, doenças e seqüelas).

ESPERA-SE DOS ENVOLVIDOS:
• Equipe diretiva e a coordenação pedagógica: Criar condições necessárias para que as ações sejam realizadas.
• Professores: Definir conteúdos, atividades e abordagens metodológicas que tratem a diversidade e o respeito às diferenças de modo transdisciplinar.
• Alunos: Compreender a diversidade e respeitá-la.
• Funcionários: Participar de ações educativas que visam melhorar o comportamento de todos com relação à diversidade.
• Pais: Colaborar com as ações propostas pela escola e, assim, desenvolver atitudes de respeito à diversidade em casa, na escola e na sociedade.

ETAPAS PREVISTAS:
• Encontro de sensibilização e estudo com os professores
Coleta e escuta de sugestões de atividades;
• Construção e socialização do projeto;
• Encontro de estudos e planejamentos;
• Culminância (a ser definida no processo) e exposição dos trabalhos realizados e confeccionados durante o projeto na escola.

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS:

• Questionário de diagnóstico e sondagem para os alunos do educação infantil,1º e 2º ano.
Roda de conversa para colher os conhecimentos prévios do 1º, 2º ano e Ed. Infantil para saber quais as impressões que o grupo tem sobre a temática diversidade;
• Passar o vídeo “Cana de mel, preço de fel” e “Dos grilhões ao quilombo” (DVD TV escola / História nº9). Levantar alguns questionamentos: Por que os negros foram trazidos para o Brasil? Como ficou a vida dos negros após a abolição dos escravos? Os costumes e a cultura dos negros foram preservados em nossa sociedade?
• Solicitar que cada aluno defina individualmente de acordo com seus conhecimentos prévios os termos: Preconceito, Discriminação e Racismo; realizar as leituras das respostas e propor aos alunos uma definição coletiva do que a turma entendeu desses termos.
A produção coletiva da turma ficará exposta em um cartaz na sala de aula;
• Após os estudos e discussões, propor aos alunos a re-escrita coletiva da definição para os termos: Preconceito, Discriminação e Racismo.
• Trabalhar a história “A Menina Bonita do Laço de Fita”, através de leitura
do livro, vídeo, dramatizações, desenhos, confecções de fantoches e reconto abordando a valorização do negro;
• Solicitar pesquisa e discutir na sala sobre algumas doenças em que suas sequelas podem causar deficiência como por ex: meningite, glaucoma, paralisia infantil. Sobre também outras doenças de “nascença”, genéticas e hereditárias como síndrome de dowm e surdez deficiência mental e outras;
• Solicitar recortes de jornais e revistas que se remetam ao tema para serem trabalhados em sala de aula. Abordar, ao menos, três vertentes da diversidade (música, culinária, etnia, dança etc.). Após discussão confeccionar cartazes informativos para os corredores da escola.
• Tabular as pesquisas realizadas através de gráficos ou tabelas;..
• Criar um protocolo (combinado) sobre Diversidade para que a escola possa seguir.
• Utilizar a coleção de DVDS nova escola que aborda vários temas relacionados a diversidade e cultura afro e indígena.
• Leitura do texto: O cabelo de Lelê (presente na coleção de cada escola), abordando a importância de gostarmos de nós mesmos e conhecermos nossas origens;
• Leitura da lei 10.649 e 11.645 para debate e discussão na sala de aula; Gerando os seguintes questionamentos: Qual a importância dessa lei? Porque ela foi criada? Se não houvesse essa lei como estaríamos tratando estas questões hoje...
• Leitura de trechos do Estatuto da Criança e do Adolescente sugestão dos art. 04 e 18 e dos Direitos da criança;
• Abordar de forma crítica as datas comemorativas da cultura afro;
- música Mama África de Chico Cezar,
- Menino de ouro e menino de prata.
- texto “Oração da menina preta 1pag 145
- trabalhar a Fábula Africana “O macaco e o peixe”,


RECURSOS NECESSÁRIOS

Papéis diversos; caderno; lápis; caneta; pincel; pilotos; tintas; lápis de cor; cola; giz de cera; rádio; CD; televisão; DVD; Computador; máquina de Xerox; Internet; roupas; sucatas; músicas e acessórios; livros didáticos e de literatura; filmes e desenhos; murais;e outros...

AVALIAÇÃO

A avaliação será feita a partir de diagnóstico e mediante a realização dos trabalhos e das apresentações em sala de aula, observando também as atitudes preconceituosas que devem diminuir na escola. Ao fim do projeto, com certeza essas ações serão implementadas ao longo de todo o ano, não sendo deixadas de lado após a culminância desse trabalho.

ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”
Nelson Mandela

quinta-feira, 18 de setembro de 2014







INFLUÊNCIA DA  CULTURA  AFRICANA E SUAS  MANIFESTAÇÕES  CULTURAIS


1ª E 2ª AULA- - APRESENTAREI O TEMA : INFLUÊNCIA  DA  CULTURA  AFRICANA NO BRASIL", PESQUISADO POR  MIM  NO  SITE http://planejamento.sistemas.sed.ms.gov.br/PlanejamentoAulas/Inserir.aspx , EM SEGUIDA DIVIDIREI A SALA E  4  GRUPOS  PARA  PESQUISAR  SOBRE AS MANIFESTAÇÕES  CULTURAIS: A) CAPOEIRA,B)SAMBA, C)CANDOMBLÉ,D)MÁSCARAS.

3ªAULA-APRESENTAÇÕES   DOS  TRABALHOS  ESCRITOS  SOBRE  OS  TEMAS  CAPOEIRA E  SAMBA;SUGESTÃO  DE  SITE  PARA AS  PESQUISAS DOS  ALUNOS :http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=27039 E https://docs.google.com/document/d/1HuHmSqCrnBut2uEAZ3w9hylFrBAGH86BS7h1rTYz0Rs/edit?pli=1

4ªAULA-APRESENTAÇÕES   DOS TRABALHOS  CANDOMBLÉ E  MÁSCARAS,(ORIGEM)SUGESTÃO DE  SITES  PARA  PESQUISAS DOS  ALUNOS : :http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=27039 E https://docs.google.com/document/d/1HuHmSqCrnBut2uEAZ3w9hylFrBAGH86BS7h1rTYz0Rs/edit?pli=1

Plano de Aula - Diversidade cultural: uma proposta de disseminação da cultura afro no contexto escolar


Manifestacoes Culturais01PROJETO ESCOLA & UNIVERSIDADE
Por ELIZABETE APARECIDA SOLA FRANCO
1.INTRODUÇÃO
O projeto "Diversidade cultural: uma proposta de disseminação da cultura afro no contexto escolar" pretende abordar as questões de se valorizar e compreender um pouco mais sobre a beleza e diversidade da cultura afro-brasileira.
A valorização da cultura afro-brasileira tem sido enfocada nos dias de hoje, como por exemplo, a lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na Educação do Ensino Fundamental e Médio. Entretanto, não raro, ela encontra-se distante do ambiente escolar, pois é negligenciada pelos professores, ou, ignorada e tal comportamento passou a ser um dos obstáculos pedagógicos, interferindo no ensino-aprendizagem. Ademais, muitos profissionais desconhecem ou tem receio de trabalhar este conteúdo, por não estarem preparados para entrar no âmbito das discussões políticas, de preconceito social, racial e religioso, bem como, serem também fruto de um processo pedagógico que também os alijou desses conhecimentos.
Para tanto, será enfatizado o valor educacional da cultura afro descendente através do ensino de história e da dança, propiciando um resgate cultural, apresentando a cultura afro-brasileira como elemento de integração da comunicação individual e coletiva, pois através dela facilitaremos as relações sociais, reconhecendo os conflitos inerentes a esse tema.
Este projeto tem a intenção de contribuir para a disseminação e reflexão da cultura afro-brasileira através da Dança e da História, uma vez que são raros os trabalhos produzidos.
2. PROBLEMATIZAÇÃO
É possível desenvolver uma proposta metodológica para o ensino da cultura afro-brasileira entre os alunos do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino, possibilitando transformar a realidade em relação ao preconceito étnico racial?
A escola é um espaço que oportuniza os/as alunos/as a conviverem com outras crianças de mesma faixa etária e é um ambiente propício para que ocorra o aprendizado. Esse, segundo as Diretrizes Curriculares de Curitiba, deve preconizar o seu desenvolvimento em todas as dimensões do ser humano. Nesse universo escolar a diversidade, a diferença e a desigualdade se fazem presentes também nas questões étnicas e culturais.
O respeito pela diversidade deve ser trabalhado em todas as áreas do conhecimento, sendo uma das formas de efetivamente incluir a diversidade no currículo acadêmico e explorando a cultura afro-brasileira devido a suas inúmeras possibilidades de enfoque.
No Brasil, nos últimos anos, a preocupação de educadores e legisladores em mencionar a dança em seus trabalhos e projetos têm sido evidente. É nessa perspectiva da diversidade e da multiplicidade de propostas e ações que caracterizam o mundo contemporâneo que seria interessante lançarmos um olhar mais critico sobre a dança na escola.
A dança e a cultura afro-brasileira seria uma das maneiras de apresentar aos alunos uma novidade carregada desse potencial educativo, pois no seu ensinamento utilizamos o movimento consciente para expressar ideias, pensamentos e reflexões nos âmbitos filosóficos, sociais e políticos. Além de valorizar a cultura dos negros e de seus descendentes.
Com base na realidade presente na maioria das escolas podemos questionar a possibilidade de trabalhar a dança e cultura afro-brasileira junto aos alunos com o caráter formativo, como cultura corporal, abordando a diversidade, a diferença e a desigualdade entre eles.
3. OBJETIVOS
3.1 Geral:
Propor a cultura afro-brasileira nas aulas de docência e Educação Física e oportunizar aos alunos/as o conhecimento de alguns tipos de dança afro, bem como nas aulas de história promovendo novas experiências, assegurando a formação cultural e humana do discente.
3.2 Específicos:
- Fazer uma apresentação teórica da cultura afro-brasileira, com a possibilidade de sua identificação e entendimento como cultura popular;
- Promover reflexões sobre esta manifestação cultural;
- Oferecer oficinas de dança experimentando vários ritmos afros, buscando formas, técnicas corporais de saber criar e recriar movimentos de forma espontânea e criativa;
- Improvisar e elaborar coreografias significativas para os discentes tendo como tema a cultura afro-brasileira.
- Proporcionar desenvolvimento unilateral.
- Reconhecer as diferentes manifestações culturais como produção da humanidade nos diferentes tempos e nos diferentes espaços, relacionando-as com o contexto local.
- Respeitar a diversidade cultural, étnica, religiosa.
- Apresentar os trabalhos desenvolvidos para a comunidade escolar.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
A cultura é histórica, pensar em cultura é pensar em conhecimento, significado e formas de interpretar o mundo e nosso cotidiano. A construção de uma cultura é baseada no que fomos agregando ao longo da história para transformar e transmitir nosso pensamento, nossas formas de ser e sentir. Conhecer, aprender, ver as diferenças, como somos e como nos relacionamos é se apropriar do conhecimento.
Para entender o conhecimento, temos que refletir os inúmeros fatores pelos quais somos influenciados, como: o que assistimos na TV, o que temos como hábito de leitura, de saberes adquiridos, de técnicas corporais incorporadas, entre outros.
Avila (2000, p.2) ao tratar da cultura nos indica que não podemos compreendê-la como algo homogêneo, alertando para o fato de que ela possui diferentes formas de coexistir na esfera social, refletindo formas desiguais de apropriação do capital cultural: as culturas populares (segundo Gramsci), as culturas hegemônicas e a cultura de massa. Para ela há um entendimento corrente de que a cultura popular é algo primitivo, que necessita evoluir. Chauí (apud Avila, 2000, p.3) apresenta o seguinte questionamento a respeito da cultura popular: "Seria a cultura de um povo ou a cultura para o povo"? Esse desencadeamento de várias culturas, as influências recebidas e adicionadas foram sendo incorporadas pelo povo e refletidas na sociedade o que nos fornece o entendimento de que seja recíproco nesse processo de composição do percurso histórico. Para o folclore Gramsciano, como uma subcultura das classes dominadas. A cultura popular é uma forma pela quais os dominados se organizam, compreendem, apreendem e resignificam a cultura hegemônica. A cultura hegemônica pode ser entendida como uma cultura dominante, sendo imposta e estável, pode dizer que a cultura hegemônica precisa da cultura popular para existir, para tê-los como subordinados, pois é esta dinâmica que irá determinar o cenário de cultura que vivenciam.
Para Chauí apud Avila (2000, p.5) a cultura popular é uma manifestação dos dominados, buscando formas pelas quais a cultura dominante pode ser aceita, interiorizada, reproduzida e transformada, ou mesmo recusada e negada pelos dominados. Canclini apud Avila (2000, p.17) coloca alguns exemplos sobre folclore, utilizando do artesanato e das festas como formas de ilustrar possibilidades para a construção de outra hegemonia. As manifestações contestatórias podem auxiliar na libertação dos setores oprimidos desde que possamos reconhecê-los como símbolos de uma identidade social. Os negros podem servir de exemplo para clarificar esta realidade. Os negros escravizados inventaram a capoeira como forma de luta - e que é e pode ser vista também como dança- mas sendo o seu verdadeiro sentido uma forma de se defender. Para melhor compreender esse aspecto, é importante observar o ciclo histórico e cultural, os pontos de ruptura e de transformação dos nossos processos sócio-culturais.
Precisamos ver que existem diferenças e fica difícil estabelecer critérios rígidos e históricos sobre o que seria bom ou ruim na construção cultural, pois trilhamos caminhos diversos que abrangem política, processos mercadológicos, sistemas de produção, influências midiáticas que impedem de pensar de forma homogênea a cultura.
4.1 A CULTURA E SUAS REPERCUSSÕES
A cultura é essencial ao desenvolvimento do ser humano. De todas as manifestações culturais, a dança é uma das mais representativas, pois reflete os aspectos relativos a uma determinada sociedade e desenvolve, a partir da expressão corporal, movimentos e ritmos diversos. Segundo Boyer (1983), a arte é essencial na experiência humana, não é uma frivolidade, ele recomenda que a arte seja estudada para descobrir como seres humanos usam símbolos não verbais e se comunicam não apenas com palavras, mas através da música, teatro, dança e na construção do conhecimento. Em seu aspecto folclórico expressa as origens nacionais, divulgam e perpetuam a cultura de um povo, além de estabelecer bom relacionamento social e laços de solidariedade, como a democracia, a união, entre outros. (Vargas, 2007:58).
Segundo Nanni (1995 p.29), "criar é dar forma a um fenômeno de modo novo e compreendido em termos novos" e a dança permite isso, pelo processo educacional, a utilização do processo criativo, e por meio deste criar novas formas e fenômenos do movimento. Ainda para Nanni (2002, p.100), "a escola deverá estar sensível ao mundo daqueles que são a maioria, as classes populares e se valer da vontade de fazer chegar a elas conteúdos significativos que tenham relação com sua vida e que permitam a compreensão em si, das coisas que a cercam, e da relação entre ambos".
Através das atividades de história e de dança, pretendemos que a criança evolua quanto ao domínio de seu corpo, respeitando as diferenças, desenvolvendo e aprimorando suas possibilidades de movimento e de entendimento sobre a diversidade cultural.
A escola, enquanto meio educacional deve oportunizar didáticas e metodologias que facilitem a compreensão sobre a cultura afro-brasileira.
A atuação do professor principalmente nas séries iniciais deverá ser planejada e coerente. Conforme Gallahue e Ozmun (2001) a escola, muitas vezes, é o espaço onde, pela primeira vez, as crianças vivem situações de grupo e não são mais os centros das atenções, sendo que as experiências vividas nesta fase darão para um desenvolvimento saudável durante o resto de sua vida.
5. METODOLOGIA
Este projeto de intervenção pedagógica busca agregar os docentes da Educação Física e História para construção de proposta para a disseminação e reflexão da cultura afro-brasileira através da dança e história, esperando encontrar um espaço de debate acerca das práticas efetivas do espaço escolar.
Durante o desenvolvimento deste trabalho, com análise de diversos autores que escrevem sobre a dança e a cultura afro-brasileira, visualiza realizar este projeto na E M J M F com os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, através de aula expositiva e dialogada, encaminhamento de pesquisas, levantamento das informações encontradas, produções de texto, entrevistas com funcionários da escola e da comunidade sobre o tema em questão, exposição das atividades para os demais alunos e professores da escola e da comunidade, acróstico com a palavra cultura afro-brasileira, sendo que será enfatizada comidas típicas, confecção de um livro ilustrando a história do Zumbi dos Palmares, confecção de máscaras e esculturas de diversas tribos africanas (de acordo com os significados que lhes são atribuídos), conhecerem as obras de artistas que foram influenciados pela cultura africana, como Pablo Picasso, assistir DVD'S para discussão deste estilo de dança e conhecer outras manifestações culturais, mostrar através do filme "Kiriku e a feiticeira" um pouco da história, da cultura africana, passando esse conhecimento de forma clara, objetiva e de fácil linguagem, para que os alunos compreendam fatos comuns da vida africana e relacionem com a nossa própria cultura. Na prática será ofertada oficina de dança, desenvolvendo e aprimorando suas possibilidades de movimento, descobrindo novos espaços, novas formas, construção de coreografias e apresentação à comunidade.
Buscar através destas vivências, mudanças de postura e atitudes em relação a conceitos e práticas efetivas de discriminação, preconceito e respeito a as diferenças. Também propiciar a construção de uma consciência crítica e de valores que mudam sua existência para se tornarem seres humanos melhores.
Para finalizar, a intenção é colaborar na construção de uma proposta que pode ser aplicada e vivenciada por outros professores, acerca da experiência adquirida, que sirva também para pensar em atitudes concretas no processo educacional em relação a esta cultura.
6.CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO
A avaliação acontecerá através da participação dos alunos envolvidos nas atividades propostas no projeto. Atividades como:
- Realiza pesquisas e leituras sobre o tema?
- Produz textos e participa de discussões sobre o tema?
- Demonstra, em suas produções escritas e orais, que reconhece a si e ao outro como partícipe de diferentes grupos sociais, familiares, escolares e comunitários, percebendo as diferenças individuais, estabelecendo relações de anterioridade e posterioridade?
- Consegue expressar, em suas atividades escolares individuais e em grupo, que reconhece a presença de diferentes manifestações culturais no seu cotidiano, estabelecendo relações de anterioridade, posterioridade e simultaneidade?
- Interage corporalmente com os colegas na prática da dança, com atitudes de respeito, superando preconceitos e discriminações referentes ao próprio corpo (biótipos físicos), gênero e etnia?
- Aplica os conhecimentos adquiridos na resolução de desafios corporais surgidos na prática da dança, com apoio do professor e dos colegas?
- Participa das atividades propostas pelo professor no eixo da dança favorecendo a inclusão de todos?
- Identifica a interferência cultural da dança a partir da apreciação?
- Experimenta as possibilidades de movimento e faz uso destes para recriá-los e re-significá-los?
7. DESCRITORES
Os descritores de História escolhidos para a efetivação do projeto são: Identificar as diferentes estruturas familiares existentes na sociedade hoje, percebendo a participação dos integrantes da família nos vários grupos sociais dos quais faz parte; Reconhecer seus direitos e deveres, percebendo que estão presentes nas convenções sociais – familiares, escolares e comunitárias – e em documentos oficiais; Reconhecer o ser humano, como parte integrante da natureza, numa relação de interdependência, compreendendo a importância das questões socioambientais para a sociedade atual; Reconhecer as diferentes manifestações culturais como produção da humanidade nos diferentes tempos e nos diferentes espaços, relacionando-as com o contexto local; Respeitar à diversidade cultural, étnica, religiosa.
Os descritores de Educação Física escolhidos são: Interagir, dentro do ambiente escolar, adotando atitudes de respeito, na tentativa de superar inibições e/ ou atitudes de preconceito/discriminação; Respeitar a diversidade cultural, participando de atividades trazidas pelos colegas; Reconhecer suas possibilidades de movimentação corporal, percebendo-se como único diferente de seus colegas, compreendendo e respeitando as diferenças individuais.
Veja também:

Educação, relações étnico-raciais e a Lei 10.639/03

Plano de aula: Influência da cultura africana na nossa alimentação

Plano de aula: Kit A Cor da Cultura para Professor

Planos de aula: Cadernos de História e Cultura Afro-Brasileira

Plano de aula - Palavras de Origem Africana usadas em nosso vocabulário

Kiriku e a Feiticeira

A INFLUÊNCIA AFRICANA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA

Plano de aula - POR QUE OS HERÓIS NUNCA SÃO NEGROS?

Zumbi dos Palmares

GĘLĘDĘ NA TRADIÇÃO YORUBÁ

MANIFESTAÇÕES CULTURAIS


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8. REFERÊNCIAS
COLL, C., et al. Os conteúdos na reforma: ensino e aprendizagem de conhecimentos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SCHMIDT. M. A. A formação do professor de História e o cotidiano da sala de aula. In: BITTENCOURT, C. (Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2001. (Repensando o ensino).
Boyer, M. C. (1983). Dreaming the rational city : the myth of American city planning. Cambridge, Mass.: MIT Press. Castells, M. (1976). Movimientos sociales.
GALLAHUE, D. L. & OZMUN, J. C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor. Bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 1 ed., 2001.
KLEINUBING, N. D. SARAIVA, M. C. Professores e a dança na educação física escolar: formação, resistências e compromisso. Anais do XVI Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte. Salvador, Bahia, 2009.
OLAZAQUIRRE, P. Consideracions antropològiques sobre La dansa i el moviment: algunos dels seus aspectes socials i edcatius. In: Estudis i Recerques. Educación i psicopedagogia. V.5.Actas Del Congrés d'expresió, comúnicació i práctica psicomotriz. Barcelona: Edita Ajuntament de Barcelona, 1992.
PARANÁ. Secretaria de Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica- Educação Física. 2008. .
VERDERI, Érica Beatriz. Dança na escola. Rio de Janeiro: 2ª ed. Sprint, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. LEI Nº 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003. Estabelece a inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira". Disponível em: http://www.ensinoafrobrasil.org.br> Acesso em: 13/04/2009.
Ficha técnica do filme: "Kiriku e a Feiticeira (veja o plano de aula)
Título original: Kiriku ET La sorcière. Gênero: Animação. Ano de lançamento (França): 1998. Estúdio: Trans Europe Film. Distribuição: ArtMann. Direção e Roteiro: Michel Ocelot. Música: Youssou N' Dour. Edição: Dominique Lefèvre.
29/08/2011Portal Geledés