terça-feira, 30 de julho de 2013

Chuva de Novembro

Chuva de Novembro

Quando olho nos seus olhos
Posso ver um amor reprimido
Mas querida, quando te abraço
Você não sabe que sinto o mesmo?

Porque nada dura para sempre
E nós dois sabemos que corações podem mudar
E é difícil segurar uma vela
Na chuva fria de Novembro

Estamos nessa situação há tanto, tanto tempo
Simplesmente tentando matar a dor, oh yeah

Mas amores sempre vêm e amores sempre vão
E ninguém tem certeza de quem vai desistir hoje
e ir embora

Se nós pudéssemos ter um tempo
Para acertar tudo
Eu poderia descansar minha cabeça
Simplesmente sabendo que você foi minha
Totalmente minha

Então, se você quiser me amar
Então querida, não se reprima
Ou simplesmente vou terminar indo embora
Na fria chuva de novembro

Você precisa de um tempo, só para você?
Você precisa de um tempo, sozinha?
Todo mundo precisa de um tempo, para si
Você não sabe que precisa de um tempo
Sozinha?

Sei que é difícil manter o coração aberto
Quando até mesmo os amigos parecem te machucar
Mas se pudesse curar um coração partido
Não haveria tempo para te encantar?

As vezes preciso de um tempo, para mim
As vezes preciso de um tempo, totalmente sozinho
Todo mundo precisa de um tempo, para si
Você não sabe que precisa de um tempo,
Totalmente sozinha?

E quando seus temores se acalmarem
E as sombras ainda permanecerem
Sei que você pode me amar
Quando não houver mais ninguém para culpar
Então não se preocupe com a escuridão
Ainda podemos encontrar um jeito
Porque nada dura para sempre
Nem mesmo a fria chuva de novembro

Você não acha que precisa de alguém?
Você não acha que precisa de alguém?
Todos precisam de alguém
Você não é a única
Você não é a única

Você não acha que precisa de alguém?
Você não acha que precisa de alguém?
Todos precisam de alguém
Você não é a única
Você não é a única

Você não acha que precisa de alguém?
Você não acha que precisa de alguém?
Todos precisam de alguém
Você não é a única
Você não é a única

Você não acha que precisa de alguém?
Você não acha que precisa de alguém?
Todos precisam de alguém

AMOR

O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formámos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.
Fernando Pessoa

Formatura Projovem Urbano 2010.wmv

Um sonho que exigiu vários anos de constante dedicação e estudo,
está sendo realizado com méritos, por você, neste momento mágico de sua vida.
Você está celebrando sua colação de grau, a merecida cerimônia de formatura.
O sonho continua...
Que Deus te abençoe na vocação que escolhera e te inspire
na emocionante jornada da vida.

Parabéns! Sucesso!
Professoras do Projovem Urbano

quinta-feira, 25 de julho de 2013

A vida é cheia de som e fúria.
Willian Shakespeare.

QUESTÕES PROVA DE ARTE - ÁREA DE MÚSICA PARA ENSINO FUNDAMENTAL

QUESTÕES PROVA DE ARTE - ÁREA DE MÚSICA PARA ENSINO FUNDAMENTAL


1- A melodia e a harmonia são partes integrantes na composição da música. Sobre esse assunto responda as questões abaixo da seguinte forma: F para falsa e V para verdadeira.
(    ) A Melodia e a Harmonia são partes integrantes da música e juntas compõem o timbre.
(    ) Melodia é a combinação de sons sucessivos, ou seja, notas musicais tocadas uma de cada vez.
(    ) A harmonia é a combinação de sons, notas, tocadas ao mesmo tempo.
(    ) O timbre é composto por diferentes notas musicais tocadas em um mesmo instrumento musical.
2- Sobre a música profana aponte se a questão é verdadeira ou falsa:
(   ) No período da Idade Média a música profana é  ligada as tradições religiosas.
(   ) A música profana no período medieval é constituída de canções de amor e sátiras políticas.
(   ) A música sacra, é a música erudita própria da tradição religiosa (igreja-cristã).
(   ) música sacra, tem em sua forma mais antiga o canto gregoriano, inicialmente feito somente com vozes.
3- Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Com base nisso responda V para verdadeiro ou F para falso:
(   ) O principal instrumento musical utilizado pelos trovadores era o órgão.
(   ) Os trovadores eram representantes da música profana, entre os instrumentos mais utilizados podemos citar a  cistra e o alaúde.
(   ) Os trovadores eram muito bem vistos pela igreja, já que eles eram nobres, e por isso sempre eram convidados a cantar durantes as missas dominicais no período da Idade Média.
(   ) Todas as canções compostas pelos trovadores eram histórias retiradas da bíblia com passagens da vida de Jesus Cristo.
4- A partir de seus conhecimentos sobre os instrumentos musicais pertencentes a orquestra sinfônica, relacione as colunas acordo com a resposta correta:


(1) trompete
(2) flautim
(3) alaúde
(4) xilofone
(5) Harpa
(6) violino e baixo
(7) violão e guitarra
(8) piano
(9) bateria
(10) Maestro
   
(   ) Instrumento pertencente ao grupo das cordas.
(   ) O primeiro instrumento tem a altura maior, pois é agudo e o segundo tem o som grave.
(   ) É instrumento pertencente a percussão mas, não faz parte da orquestra sinfônica.
(   ) Instrumento musical muito presente nas músicas eruditas e um dos poucos com
capacidade de tocar várias notas ao mesmo tempo.
(    ) Instrumentos do grupo das cordas mas não  presentes na listagem da orquestra sinfônica.
(    ) pertence ao grupo de percussão.
(    ) Muito utilizado pelos trovadores.
(    ) Instrumento de sopros do grupo de metais.
(    ) Instrumento de sopro grupo de madeiras.
(    ) Responsável pela orquestra e o andamento da música.


5-Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que contém apenas instrumentos musicais de sopro:
(a) Flauta, Bandolim, Trombone e Tuba.
(b) Oboé, Clarinete, Flauta e Trompa.
(c) Clarinete, Corneta, Violoncelo e Sax.
(d) Trompa, Tuba, Oboé e Viola.
(e) Fagote, Trombone, Xilofone e Flautim.


6- Existem diversos estilos de musicas divididos por épocas/civilizações e regiões/geografia diferentes. Cite 05 estilos musicais pertencentes à época contemporânea (atualidade) e aponte o seu instrumento de destaque e país de origem:
_________________________________________________________________

GABARITO: 1:F-F-F-V; 2:F-V-V-V; 3:F-V- F-F; 4 (na ordem da coluna) 5-6-9-8-7-4-3-1-2-10; 5-B
6- Jazz- país de origem - Estados Unidos - Instrumentos -Saxofone e trompete
   - Música Popular Brasileira (MPB) - Brasil - Violão.
   - Rock - Estados Unidos - Guitarra.
   - Blues - Estados Unidos - Guitarra - gaita de boca.
   - Reggae - Jamaica - Guitarra e bateria.
  

quarta-feira, 24 de julho de 2013

paulo duarte/miver

A TURMINHA DE ALUNOS, PROFESSORES, COORDENADOR NESTE DIA 25 DE JULHO DE 2013vem neste dia parabenizar o Prefeito PAULO DUARTE por seu aniversário. Aproveitamos esse espaço para em curtas palavras felicitá-lo pela data, desejar que Deus lhe permita que a mesma repita-se por muitos e muitos anos, sempre na companhia de seus familiares e amigos. Desejamos, ainda, sorte e coragem para continuar com a árdua luta que a missão governamental lhe atribui, mas que notoriamente tão bem está desempenhando, com compromisso, transparência, flexibilidade e, principalmente honestidade. Que Deus lhe abençoe com muita saúde e sabedoria para que continue CUIDANDO do povo DE CORUMBÁ♥

PROFESSORA FÁTIMA DOROTEIA
LADÁRIO,24/07/2013♥
Feliz Aniversário!
— em CORUMBA MS.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

TIO PAIVA EM SAO PEDRO JOSELANDIA/MT


Festas de São Pedro de Joselândia: cultura e meio ambiente em diálogo permanente

Festas de São Pedro de Joselândia: cultura e meio ambiente em diálogo permanente

LABORATÓRIO 5 - PRÁTICAS CULTURAIS, SOCIOECONOMIA E EDUCAÇÃO
PROJETO 5.1 – CIÊNCIA E CULTURA NA R
EINVENÇÃO EDUCOMUNICATIVA
Sub-projeto 5.1.3 – Avaliação Ecossistêmico do Milênio

Festas de São Pedro de Joselândia:
cultura e meio ambiente em diálogo permanente
Relatório de campo : Lucia Shiguemi Izawa Kawahara

No belo período da vazante do Pantanal mato-grossense (março/2012), o Grupo Pesquisador em Educação Comunicação e Arte da Universidade Federal de Mato Grosso – GPEA/UFMT voltou à São Pedro de Joselândia para realizar, principalmente, um levantamento socioeconômico da comunidade, objetivo este, compartilhado por todos os membros da expedição de quatorze pesquisadores.


Figura 1 - Pesquisadores do GPEA a caminho de São Pedro de Joselândia (foto: Lucia)
Além da pesquisa socioeconômica de cunho quantitativo e comum à todos do grupo, cada integrante teve a oportunidade em realizar a imersão investigativa individual numa abordagem qualitativa e aprofundada de seus projetos. No meu caso em particular, busquei conhecer melhor a percepção da comunidade sobre as relações das festas tradicionais de São Pedro de Joselândia com o meio ambiente, com a comunidade e com a qualidade de vida. Esta pesquisa com interface na metodologia da Avaliação Ecossistêmica do Milênio - AEM da Organização das Nações Unidas - ONU, procura estabelecer o estudo das relações dos serviços ecossistêmicos e o bem-estar humano, acrescentando a dimensão da Educação Ambiental Pós-Crítica que sustenta nossos princípios de pesquisador e educador do GPEA.


Figura 2 - Entrevista sobre as Festas (foto: Péricles)
O levantamento do perfil socioeconômico da comunidade exigiu de nós um trabalho intenso em visitar o maior número de residências possíveis em São Pedro. Ao abordar os responsáveis pela moradia, explicamos que tal pesquisa era realizada pelo GPEA, sob coordenação da professora Dra. Michèle Sato associado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas – INAU, e que nossa pesquisa tem como objetivo “Promover a audiência científica em São Pedro de Joselândia, por meio da arte e da educomunicação, associando a noção de habitat ao território, do hábito à identidade e do habitante ao grupo social identificado como ‘pantaneiro’” [1] e portanto, precisávamos conhecer melhor a comunidade como um todo. Para a nossa grata surpresa, todos os moradores nos receberem prontamente, demonstrando interesse e abertura para oferecer as informações e apoio necessários para a implementação da pesquisa do nosso grupo.


Figura 3 - pesquisador mirim auxiliando na aplicação do questionário (foto: Lucia)

Nas entrevistas realizadas com os moradores e os ex-festeiros ou ex-juízes, percebemos o imenso valor que os moradores desta região atribuem às festas desta localidade. Segundo os entrevistados, as festas de São Pedro de Joselândia representam uma identidade cultural comunitária, ela representa a coletividade, gerações foram e são envolvidas, apesar das mudanças provenientes dos tempos atuais este ritual garante o bem estar comunitário, como afirma uma das nossas entrevistadas:
Ah não é bom...porque essa [a festa de São Pedro] desde nosso nascimento já tinhamos ela, então se ela acabar tem que acabar o mundo, porque é perigoso até, né? Ah Essa não é bom acabar em São Pedro...Já diferenciou, não está mais como era, mas ainda tem. Porque é São Pedro aqui é a diversão do lugar...São Pedro a diversão do lugar!!! É o divertimento nosso. Quem quer vai, quem não quer não vai. Mas é divertimento. (D. Maria Benedita da Conceição em entrevista concedida para a pesquisadora Rosana Manfrinate)


Figura 4 - D. Maria Benedita da Conceição (foto: Rosana)

O Sr. Joselito da Silva, ex-festeiro da festa de São Pedro, confirma a importância da festa, assinalando inclusive que as festas desta comunidade têm uma identidade própria, diferenciando-se de outras festas de outras localidades, sendo tipicamente pantaneira e não se confunde com as tradições de outras regiões.
É, é pantaneira, estas (festas) aqui é pantaneira! Cada um tem uma tradição diferente, desde a dança, é, desde a dança é diferente, cada um tem um, do nordeste é diferente, nosso aqui já tem diferença, ai mesmo de Cuiabá, a dança de siriri é diferente daqui. (Sr. Joselito da Silva, festeiro de 2008)

Figura 5 - D. Lucia Pereira Rodrigues da Silva, esposa do Sr. Joselito da Silva,
mostrando a bandeira do ano (2008) em que assumiram a organização da festa (foto: Lucia)

As relações das festas com o meio ambiente não são percebidas com facilidade, ao questionarmos se elas teriam alguma relação com a natureza, sobre os benefícios ou malefícios das festas causadas à natureza, muitos afirmam que não há muita relação. No entanto, quando conversamos com mais vagar, dialogando sobre as provisões ofertadas pela terra, começam a lembrar do milho, arroz, feijão, mandioca e muito mais retirados das plantações; também elencam a madeira, a palha, os mastros utilizados nas festas, começam a refletir melhor e revelam o saber e o fazer que desde muito praticam no local, demonstrando as ligações existentes entre a cultura popular e o meio em que vivem. (GROOT, R.; RAMAKRISHNAN, P.S., 2005, p. 457)[2]
O Sr. Joaquim, um dos ex-festeiros mais idosos de São Pedro de Joselândia, demonstra o quanto as festas, apesar de ser momento de diversão, são representativas da religiosidade da comunidade, da união e o sentimento de dever e a devoção do povo a Deus:
A festa é para nós adorar! Deus deixou a festividade pra nós, para diversão do povo, por que Deus deixou, você vai fazer a festa, então pra louvar Ele, pra estar lembrando d’Ele em louvor Dele que faz aquela alegria e aquela coisa assim e esse que é!! Não é dizer que é só por que nós que quer fazer, é um dever né?! Ai a senhora faz, tem uma devoção com o Senhor Divino, e diz, ‘oh eu vou festejar o Senhor Divino’ e então todo ano a senhora festeja. Deus deixou a brincadeira, a diversão, a festividade, a reza, o adorar o Santo. (Sr. Joaquim Santana da Silva – festeiro de 1991)

Figura 6 - espaço reservado ao sagrado em uma das muitas residências
católicas da comunidade de São Pedro de Joselândia (Foto: Lucia)
Percebemos então que as festas de São Pedro de Joselândia comungam em torno do seu ritual todas as categorias apontadas pela pesquisa realizada AEM/ONU como dimensões dos Serviços Ecossistêmicos Cultural, a saber: tradição cultural; identidade cultural; valores estéticos; de inspiração; valores religiosos e espirituais, recreação e turismo. Reafirmamos a intrínseca relação dos serviços culturais com os demais serviços de provisão, suporte e regulação, pois como sabiamente afirmou Sr. Joaquim:
Esta festa do pantanal, quer dizer que é do povo, é do pantanal, é do povo daquele setor, é desse povo, daquele povoado. É o que existe dentro do pantanal, é o que dá pra fazer a festa, ali pode fazer, tem arroz, tira o arroz, tem milho, tira milho e faz fubá, faz biscoito que é daqui do pantanal, a mandioca é do pantanal, o gado é daqui do pantanal, o porco é daqui do pantanal e aqui é tudo, tem tudo. (Sr. Joaquim Santana da Silva – festeiro de 1991)
As entrevistas e observações realizadas na pesquisa demonstram que o diálogo em torno das festas desta comunidade pantaneira abre possibilidades de melhorarmos as reflexões relativas à importância do Pantanal. Chama-nos atenção à necessidade de ampliarmos ainda mais os momentos de aprendizagem coletiva sobre o bioma, sobre a biodiversidade, sobre a cultura local e produzir materiais educomunicativos para fortalecer a produção de saberes e parcerias que possam auxiliar na melhoria da qualidade de vida dos pantaneiros e conservação do Pantanal.

Cuiabá, 30/03/2012
Lucia Shiguemi Izawa Kawahara.

Festa de São Pedro de Joselândia

Terça, 09 de julho de 2013, 09h40
FÉ E DEVOÇÃO
Cavalgada enriquece a centenária Festa de São Pedro de Joselândia
Por quatro dias, o povo devoto não mede esforços para garantir uma grande festança em homenagem ao santo padroeiro da comunidade, localizada em meio ao Pantanal Mato-grossense, onde em época de cheia só se chega de barco

MARCIA RAQUEL/Assessoria da 1ª Secretaria


Mario Friedlander/ALMT
11ª Cavalgada de Barão de Melgaço


Ao longe o que se vê são pequenos pontos em meio à poeira fina da estrada, seca há poucos dias. À medida que se aproximam, com suas bandeiras coloridas e camisetas amarelas, vão despertando a euforia dos devotos que aguardam ansiosos, em frente à igrejinha, a chegada dos cavaleiros de São Pedro. Assim tem sido há 11 anos, desde que a Cavalgada de Barão de Melgaço foi inserida na programação da centenária festa de São Pedro de Joselândia. Por quatro dias, o povo devoto não mede esforços para garantir uma grande festança em homenagem ao santo padroeiro da comunidade, localizada em meio ao Pantanal Mato-grossense, onde em época de cheia só se chega de barco.

Localizado a 180 km da capital mato-grossense, São Pedro de Joselândia é um distrito do município de Barão de Melgaço. Lá vivem cerca de 2,5 mil habitantes, sendo a maioria pantaneiros de nascença. O linguajar típico e os hábitos característicos não deixam dúvidas a respeito da naturalidade do povo. Por lá, quase todos, desde os mais novos, dominam a arte de cavalgar em meio a um dos mais exuberantes ecossistemas brasileiro.

Montados em seus cavalos pantaneiros, conhecidos pela resistência às condições adversas do Pantanal, mais de 50 cavaleiros e amazonas, adultos e crianças, partiram de Barão de Melgaço e percorreram em dois dias aproximadamente 100 km até chegar a São Pedro, passando pelas comunidades de Estirão Cumprido, Porto Brandão, Conchas, Capoeirinha e Fazenda Velha. Em cada localidade os fogos de artifício anunciavam a chegada dos participantes. Assim foi até a grande recepção, quando uma segunda comitiva de cavaleiros foi ao encontro dos que chegavam, trocaram as bandeiras dos santos padroeiros e promesseiros e, juntos, concluíram o último trecho da cavalgada rendendo graças aos santos em frente à Igreja de São Pedro de Joselândia.

“Essa cavalgada resgata a cultura da nossa gente, o cavalo é muito importante porque é o meio de transporte mais eficaz, quase todos nós temos. Com ele você sabe que a gente sempre vai chegar onde quer”, afirmou seo José Antônio, agente de segurança e um dos responsáveis pela recepção da comitiva de cavaleiros e organizador da cavalgada de São Pedro de Joselândia, que em setembro faz o retorno a Barão de Melgaço rendendo graças à Nossa Senhora das Dores, padroeira do município.

Valorização da cultura - Com a proposta de valorizar as mais diversas manifestações culturais do estado de Mato Grosso, a Assembleia Legislativa tem sido parceira na divulgação e cobertura de eventos que retratam a cultura de uma determinada comunidade, município ou região. A mesma atenção vem sendo dada ao turismo no Estado, que na maioria das vezes está associado a tais manifestações culturais. “Se nós não valorizarmos o que é nosso, como iremos cobrar que façam isso lá fora. A cultura e o turismo mato-grossense são atrações que encantam qualquer visitante” argumenta o primeiro secretário da Assembleia, deputado Mauro Savi.
Mario Friedlander/ALMT
!!º Cavalgada de Barão de Melgaço


Exemplo desse apoio é a cobertura realizada pela TV Assembleia à 11ª Cavalgada de Barão de Melgaço e à centenária Festa de São Pedro de Joselândia – distrito de Barão de Melgaço. A equipe de imprensa da Assembleia acompanhou todo o trajeto e, além de fazer a cobertura factual do evento, produzirá um vídeo documentário para eternizar uma das festas religiosas mais antigas do Estado que sobrevive graças à fé e devoção do povo pantaneiro.

É bem verdade que muita coisa mudou e, talvez por isso, a Festa de São Pedro para muitos não tenha mais o mesmo encanto de antigamente, na época dos lampiões e banhos de poços, que nem vai tão longe, tendo em vista que a energia chegou em Joselândia há mais ou menos oito anos.

Mas com a chegada da energia muita coisa mudou. O Cururu já não embala mais o levantamento do mastro, ritual quase que sagrado nas mais tradicionais festas religiosas mato-grossenses. Porém, o Siriri continua firme, com seu vigor e encanto, animando os bailes pantaneiros e fazendo a alegria dos participantes.

Seo Joaquim Barbosa aos 98 anos é uma das pessoas mais respeitadas da comunidade. Capelão por mais de 40 anos, possui lucidez e memória de causar inveja aos mais novos. Na falta de um padre, é o capelão quem conduz as rezas na comunidade. Devido a idade, passou o ofício à filha há oito anos, porém, não perde uma festança e, como profundo conhecedor da história de São Pedro de Joselândia, não hesita em fazer suas críticas inclusive, ao novo padre que congrega no município.

“Eu tô achando que não vai muito tempo, porque agora mudou, tá mudando. Porque diz que o padre veio aqui e mudou muita coisa e a comunidade não está de acordo. Então aqui o altar era todo forradinho, tudo limpinho né, bastante gente fazia promessa, fazia pedido, trocava de santo e deixava na igreja. E ele chegou e mudou tudo, não quer que tenha as imagens aí, não é pra ser forrado o altar. Antes era o padre Líbero, ele sempre vinha, nunca falhou e nunca fez essas exigências. Ele gostava de ver a união do povo, gostava muito. Agora esse chegou e quer mudar tudo. Por isso eu não sei se vai durar”, observa seo Joaquim.

Mas o desenvolvimento também trouxe muitas novidades. “Hoje tá muito diferente. Naquele tempo aqui era um lugar central. Agora hoje tá tendo trânsito. Naquele tempo era só carro de boi. Tudo o que precisava vinha do rio. As telhas para cobrir a igreja foram feitas aqui mesmo. No início a igreja foi coberta de palha. Quando não tinha igreja, a reza era na casa de cada juiz. Só sei que quando assustou estava pronto. Desde aquela época tem todo ano. Não falha. Naquele tempo, era Cururu. Era baile na sanfona. Aí depois já foi mudando para a música eletrônica”, relembra ao observar que, mesmo com as mudanças, não falta a uma festa.

Festança -
Mario Friedlander/ALMT
11ª Cavalgada de Barão de Melgaço
O que não muda desde o início da tradição de São Pedro, que segundo seo Antônio Pedroso de Amorim (82 anos), vai pra mais de cem anos, é a devoção do povo e o empenho em realizar a festança. “Desde que me conheço por gente tem essa festa, meu bisavô já contava”, afirma.

Durante os quatro dias de festejos o festeiro muda para o local da festa. A cozinha, localizada atrás da Igreja, praticamente não para, pois durante o evento são servidas as três refeições diárias ao povo. Logo pela manhã as cozinheiras servem o chamado quebra-torto, seguido do chá com bolo. Enquanto isso as panelas já borbulham nos fogões caipiras cozinhando o almoço e logo em seguida, sem deixar o fogo apagar, seguem preparando o jantar. Pela facilidade e característica da região, a refeição é à base de carne de gado, que é utilizada para o churrasco, picadinho e o tradicional ‘vai e vorta’, um picado feito com pedaços maiores de carne macia. Para se ter uma ideia do tamanho da festa, nesta edição foram utilizadas 16 reses.

Toda comida e bebida servida são doadas pela comunidade. “As doações para a festa dependem muito do poder aquisitivo de cada um. A maior felicidade nossa é ver as pessoas saírem daqui felizes, mas infelizmente não temos muita estrutura ainda para atender todo mundo”, afirma o juiz da festa Gonçalo Benedito dos Santos (52 anos).

“Quando chega perto da festa a gente busca a esmola e junta para fazer a festa. Muitos dão arroz, dão açúcar, dão bezerro, aí os bezerros nós juntamos para comprar as vacas para matar na festa. Tudo é de graça”, afirmou ao observar que o auge da festa é sempre na virada do dia 28 de junho para o dia 29, quando é comemorado o dia de São Pedro.

O Cururu - O levantamento do Mastro é o ponto alto da festa quando se fala em fé e devoção. É nessa hora que os devotos rendem graças ao santo padroeiro e aos santos promesseiros. Antigamente o ritual era realizado ao som do Cururu. Hoje, porém, são poucos os cururueiros e nem sempre estão presentes nesse momento. Aos poucos então, o Cururu foi sendo substituído pelos hinos dos santos, tocados pela ‘bandinha’.

“Eu acho que tem que seguir o que era antes. Mudou muito porque antes o levantamento do mastro era só no Cururu, hoje não tem mais, hoje é só no hino. Os mais velhos vão acabando e os mais novos não seguem”, lamenta seo Gonçalo.

A mesma percepção tem seo José Leôncio Peixoto de Moura, o Zé Melado (62 anos), zelador da Igreja. Ele nasceu em Cuiabá, mas vive no Pantanal desde muito pequeno. “A festa representa uma tradição de nossos avós, de nossos pais que vêm batalhando aqui, segurando essa imagem. E a gente continua no mesmo pensamento de não deixar acabar. É uma herança de pai pra filho. A mudança que teve foi por causa do Cururu que tá acabando. Hoje tem meia dúzia de cururueiros só e não aguentam cantar a noite toda. Antes tinha 20, 30 que tocavam a noite toda. Mas a festa eu garanto pra senhora que nunca acaba”, assegura animado.
Mario Friedlander/ALMT
11ª Cavalgada de Barão de Melgaço
Mas, para além das mudanças que ao mesmo tempo em que desagradam alguns, agradam a outros, principalmente quando se fala em tecnologia, a cultura não é estática. Ela muda com o passar do tempo à medida que novos valores e conceitos vão se incorporando e transformando tradições e costumes. O que nos leva a concluir que qualquer sistema cultural está num contínuo processo de mudança.



Fonte: Cavalgada enriquece a centenária Festa de São Pedro de Joselândia :: Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

jejum de amor/fred e gustavo

domingo, 21 de julho de 2013

lambadão 2013---CUIABÁ-MT

Pantanal profundo – São Pedro de Joselândia

Pantanal profundo – São Pedro de Joselândia





Faz muito tempo que eu queria conhecer uma localidade pantaneira muito famosa por suas tradições culturais, religiosas e por seu isolamento da civilização. Chama-se São Pedro de Joselândia, localizada no município de Barão de Melgaço, estado de Mato Grosso.



Levei quatro horas e meia de carro 4×4 para fazer o trajeto de 180 km, desde Cuiabá. A estrada tem uma pequena parte de asfalto e o resto é de terra, sendo que os últimos 65 km tomaram quase 3 horas da viagem.



Aproveitei para fazer a visita em uma data especial, o dia da Festa de São Pedro,  padroeiro da comunidade. A pequena vila é composta de construções bem típicas da região e dispostas de forma bem rural. É um lugar onde as casas são afastadas umas das outras e estão situadas ao lado de lagoas, corixos e planícies alagáveis em grande parte do ano.



Meu guia é o Professor Reinaldo Mota, médico homeopata, documentarista e autor do vídeo "Benzeções de São Pedro". Esse trabalho mostra as práticas dos benzedores e benzedeiras de São Pedro como fruto da diversidade cultural do pantaneiro, registrando a riqueza desses saberes. 



Nas imagens abaixo aparecem o Sr. Joaquim Rodrigues, 96 anos, uma das pessoas mais lúcidas e inteligentes com quem conversei e a Dona Maria Benedita, pantaneira de fibra e mulher de muito conhecimento de rezas e plantas.


Foi um jornada muito frutífera, tive muitas boas oportunidades de fotos e pude conhecer um pouco a respeito desse singular povoado perdido no meio do Pantanal. Escutei de uma senhora, após falarmos sobre o abandono e a falta de cuidados médicos sofridos pela população local, uma frase que, acredito eu, sintetize o que as pessoas sentem em morar em um rincão distante, disse ela: "Somos pessoas esquecidas nesse lugar". Pior do que morrer, é ser esquecido…

sexta-feira, 19 de julho de 2013

A SENSUALIDADE DO CHOCOLATE

A sensualidade do chocolate


O chocolate é um alimento produzido a partir da semente do Cacau e tem sido cultivado há pelo menos três milênios nas Américas Central e do Sul, com o seu primeiro uso documentado por volta de 1100 aC. Os astecas faziam uma bebida com cacau conhecida como Xocolatl que significava "água amarga", provavelmente esta é a origem da palavra chocolate.. As sementes da árvore de cacau tem um intenso amargo gosto, e deve ser fermentado para desenvolver o sabor que conhecemos.


Tipos de Chocolate:


Chocolate puro, sem açúcar contém cacau e manteiga de cacau em proporções variadas. Grande parte do chocolate consumido hoje está na forma de doces de chocolate , que combina chocolate com açúcar.


Chocolate ao leite chocolate é doce porque adicionalmente contém leite em pó ou leite condensado.

"O chocolate branco" contém manteiga de cacau, açúcar e leite, mas não licor de cacau. O chocolate branco é formado a partir de uma mistura de açúcar, manteiga de cacau e sólidos do leite. Apesar de sua textura ser similar ao chocolate ao leite e ao chocolate escuro, ela não contém todos os elementos do cacau. Por causa disso, muitos países não consideram o "chocolate branco" como chocolate .


 O chocolate escuro é produzido a partir da adição de gordura e açúcar à massa de cacau. O chocolate escuro, com o seu elevado teor de cacau, é uma rica fonte substâncias com propriedades cardioprotetoras.

Chocolate meio amargo é um chocolate escuro com um baixo teor de açúcar. Chocolate amargo é feito a partir de licor de chocolate, com um pouco de açúcar (normalmente um terço), manteiga de cacau, baunilha e, por vezes lecitina também é adicionada. Ele tem menos açúcar e mais licor do que o chocolate meio amargo.

Chocolate sem açúcar é puro licor de chocolate , também conhecida como chocolate amargo.


Comer chocolate faz bem?

O Cacau contém substâncias que têm efeitos fisiológicos no corpo, como por exemplo: sobre os níveis de serotonina. A serotonina, por sua vez, participa conjuntamente com agentes sócio-ambientais, da construção dos níveis de ansiedade e contentamento, por exemplo.



Que vontade que dá.

Nesta quarta-feira, dia de cinema aqui no blog, não deixo a dica, por que este filme já foi visto muitas vezes; deixo a lembrança de vermos nesta primeira noite de inverno do ano, o filme Chocolate.



Chocolate
Título original: (Chocolat)
Lançamento: 2000 (EUA)
Direção: Lasse Hallstrom
Atores: Juliette Binoche, Lena Olin, Johnny Depp, Judi Dench.
Duração: 105 min
Gênero: Comédia


Sinopse: Vianne Rocher (Juliette Binoche), uma jovem mãe solteira, e sua filha de seis anos (Victorie Thivisol) resolvem se mudar para uma cidade rural da França. Lá decidem abrir uma loja de chocolates que funciona todos os dias da semana, bem em frente à igreja local, o que atrai a certeza da população de que o negócio não vá durar muito tempo. Porém, aos poucos Vianne consegue persuadir os moradores da cidade em que agora vive a desfrutar seus deliciosos produtos, transformando o ceticismo inicial em uma calorosa recepção.


 

Observação:

todos os bombons aqui demonstrados foram degustados por esta que vos escreve  ;) , e produzidos com todo o carinho que é peculiar de

Zeza, a mão artista que faz chocolates em Tubarão. Conversei com Bruna, que integra a equipe da Chocolates da Zeza e ela informou que em breve terão e-commerce. Por enquanto, os chocolates  poderão ser apreciados por quem mora na região de Tubarão, Araranguá e Florianópolis. A Zeza nem sabe que estou postando...rsrs...mas pensei em você, leitora (or) do Blog Village Beauté e que mora no litoral e no sul de Santa Catarina. Quer comer um bom chocolate? Ligue para a Zeza! ela manda por sedex também. ;) e estes são os simples, imagine os cheios de detalhes? é bom ter este número por perto, ela sempre tem chocolate a pronta entrega: 48 3622-3895.


Um filme que nos faz pensar sobre valores morais a partir de diferentes culturas. Usando artifícios de cor, música e as tentações do chocolate, este filme nos conduz com graça pela sensação de que devemos saborear a vida, do jeito que pudermos, seja como um chocolate doce, meio amargo ou amargo, mas cada qual, ao seu modo, dá prazer e pode contribuir com o nosso contentamento....é só aprender a ver e significar.

Gostaram da dica de filme, belas do village?

feliz quarta feira.

Dâmaris