domingo, 29 de julho de 2018

apresentação de seminários


    Dez sugestões para sua apresentação de seminário

    Poucas coisas podem ser tão aborrecidas como um seminário mal preparado. A impressão que se tem é a de que vai demorar uma eternidade para acabar.
    Dá tempo de pensar na bolsa que não caiu, no prazo de envio dos resumos, no adversário que o seu time pega na próxima fase do campeonato, no churrasco do final de semana…
    Prender a atenção das pessoas é uma arte.
    E as técnicas utilizadas para falar em público estão em livros e cursos inteiramente dedicados ao assunto.
    Como não tenho a pretensão de publicar nada tão extenso, separei apenas dez recomendações que são solenemente ignoradas em algumas apresentações de seminários por aí. Vamos a elas:
    1. Não leia.
    Esta é a regra primordial, não deveria nem precisar de explicação. Mas se ainda não estiver convencido, serei direto: a partir da 4ª série do ensino fundamental, ninguém mais necessita de ajuda para ler. Por favor, respeite o seu público.
    2. Chegue cedo.
    Jamais subestime as implicações da Lei de Murphy na Pós-Graduação. Ela não falha. Em dia de apresentação, tudo que pode dar errado acaba acontecendo: a sala está trancada, o projetor não liga, o microfone não funciona e a apresentação não abre.
    3. Prepare sua apresentação.
    Em outro post, abordamos algumas dicas para preparar a parte visual da apresentação. Planeje a sua apresentação colocando-se no lugar do seu público. Pense na seqüência de idéias que irá apresentar para que a sua mensagem seja transmitida com sucesso.
    4. Cuide da sua aparência.
    Tenha em mente que você será o centro das atenções, por isso capriche no visual. O desleixo com a aparência dá a impressão de que o prelecionista dá pouca importância à apresentação.
    5. Deixe claro o tema e a estrutura da apresentação.
    Prepare seu público para o que está por vir, assim ele organizará as idéias com maior facilidade e não interromperá para perguntar sobre assuntos que serão expostos apenas alguns slides à frente. Comece como frases do tipo “o tema abordado será…” e “a apresentação está dividida em n partes; na primeira parte…”
    6. Não economize exemplos.
    Apresente os conceitos seguidos de exemplos, reais ou não. Eles são importantes na compreensão e na retenção do que está sendo apresentado.
    7. Use do bom humor, mas não abuse.
    O humor ajuda a descontrair e a despertar a atenção dos seus ouvintes. Mas se você não é acostumado a fazer humor no seu cotidiano, melhor não deixar para tentar isso em uma apresentação. Soa artificial e todos percebem.
    8. Atente para a postura.
    Durante a apresentação, você não se comunica apenas verbalmente. Seus gestos, a entonação da sua voz e sua postura também faz parte da comunicação. E nunca fique de costas para o público, ok?
    9. Não aponte suas falhas.
    Nada mais chato do que alguém que fica se desculpando o tempo inteiro. Muitas vezes, se o prelecionista não chamasse a atenção para as falhas, elas passariam despercebidas.
    10. Cuidado com os vícios de linguagem.
    São os famosos “éééé”, “mmm” e “aí” das apresentações. Geralmente são grunhidos emitidos enquanto o interlocutor pensa. Vício de linguagem também é difícil de largar: você se policia para acabar com um, acaba adquirindo um novo. Por isso, vigilância constante.

    Como fazer Seminários?

    Como fazer Seminários?

    Seminário é um procedimento metodológico, que supõe o uso de técnicas (uma dinâmica de grupo) para o estudo e pesquisa em grupo sobre um assunto predeterminado.
    O seminário pode assumir diversas formas, mas o objetivo é um só: leitura, análise e interpretação de textos dados sobre apresentação de fenômenos e / ou dados quantitativos vistos sob o ângulo das expressões científicas-positivas, experimentais e humanas .
    De qualquer maneira, um grupo que se propõe a desenvolver um seminário precisa estar ciente da necessidade de cumprir alguns passos:
    • determinar um problema a ser trabalhado;
    • definir a origem do problema e da hipótese;
    • estabelecer o tema;
    • compreender e explicitar o tema- problema;
    • dedicar- se à elaboração de um plano de investigação (pesquisa );
    • definir fontes bibliográficas, observando alguns critérios;
    • documentação e crítica bibliográficas:
    • realização da pesquisa;
    • elaboração de um texto, roteiro, didático, bibliográfico ou interpretativo.
    Para a montagem e a realização de um seminário há um procedimento básico:
    1º o professor ou o coordenador geral fornece aos participantes um texto roteiro apostilado, ou marca um tema de estudo que deve ser lido antes por todos, a fim de possibilitar a reflexão e a discussão;
    2º procede-se à leitura e discussão do texto-roteiro em pequenos grupos.
    Cada grupo terá um coordenador para dirigir a discussão e um relator para anotar as conclusões particulares a que o grupo chegar;
    3º cada grupo é designado para fazer:
    • a.exposição temática do assunto, valendo-se para isso das mais variadas estratégias: exposição oral, quadro-negro, slides, cartazes, filmes etc.Trata-se de uma visão global do assunto e ao mesmo tempo aprofunda-se o tema em estudo;
    • b.contextualizar o tema ou unidade de estudo na obra de onde foi retirado do texto, ou pensamento e contexto histórico-filosófico-cultural do autor;
    • c.apresentar os principais conceitos, idéias e doutrinas e os momentos lógicos essenciais do texto (temática resumida, valendo-se também de outras fontes que não o texto em estudo);
    • d.levantar os problemas sugeridos pelo texto e apresentar os mesmos para discussão;
    • e.fornecer bibliografia especializada sobre o assunto e se possível comentá-la;
    4º plenário-é a apresentação das conclusões dos grupos restantes. Cada grupo, através de seu coordenador ou relator, apresenta as conclusões tiradas pelo grupo.
    O coordenador geral ou o professor faz a avaliação sobre os trabalhos dos grupos, especialmente do que atuou na apresentação, bem como uma síntese das conclusões .
    Outros métodos e técnicas de desenvolvimento de um seminário podem ser acatados, desde que seja respeitado o plano de prontidão para a aprendizagem .
    Finalizando, apontamos que todo tema de um seminário precisa conter em termos de roteiro as seguintes partes:
    • a.introdução ao tema;
    • b.desenvolvimento;
    • c.conclusão
    Fonte: Guia para a elaboração de trabalhos escritos – UFRGS

    domingo, 8 de julho de 2018

    ESTRATEGIAS DE AULAS DE CIENCIAS

      10 estratégias didáticas para usar nas suas aulas

      Estratégias didáticas podem ser definidas como a arte de aplicar ou explorar os meios e condições favoráveis e disponíveis, visando atingir objetivos específicos.
      O trabalho docente não trata apenas de um conteúdo, mas de um processo que envolve um conjunto de pessoas na construção de saberes.
      Assim, a escolha das estratégias deve levar em consideração o conhecimento do aluno, seu modo de ser, de agir, de estar, além de sua dinâmica pessoal.
      Todo conteúdo possui em sua lógica interna uma forma que lhe é própria e que precisa ser captada e apropriada para sua efetiva compreensão. Para essa forma de assimilação, que obedece à lógica interna do conteúdo, utilizam-se os processos mentais ou as operações do pensamento.
      As estratégias visam atingir objetivos, portanto, há que ter clareza sobre aonde se pretende chegar naquele momento com o processo de ensino aprendizagem. Por isso, os objetivos que o norteiam devem estar claros para os sujeitos envolvidos professores e alunos – e presentes no contrato didático, registrado no Programa de Aprendizagem correspondente ao módulo, fase, curso, etc…
      O professor precisa ser um verdadeiro estrategista, – ainda mais diante de tanta coisa que compete a atenção dos alunos na aula, como os smartphones –  o que justifica a adoção do termo estratégia, no sentido de estudar, selecionar, organizar e propor as melhores ferramentas facilitadoras para que os estudantes se apropriem do conhecimento.
      Mas lidar com diferentes estratégias não é fácil!
      Entre nós, docentes, existe uma rotina de trabalho (por n motivos) com uma predominância em exposição do conteúdo em aulas expositivas ou palestras, uma estratégia funcional para a passagem de informação.
      Essa rotina reforça uma ação de transmissão de conteúdos prontos, acabados e determinados. Geralmente foi assim que vivenciamos todo o processo escolar como alunos.
      Além disso, a atual configuração curricular e a organização disciplinar (em grade), predominantemente conceituais, tem a palestra como a principal forma de trabalho. E os próprios alunos esperam do professor a contínua exposição dos assuntos que serão aprendidos.
      Sair do habitual envolve sair da zona de conforto, e enfrentar vários desafios para atuar de forma diferente. Entre eles: lidar com dúvidas, críticas, resultados incertos, respostas incompletas e perguntas inesperadas (às vezes complexas, às vezes incompreensíveis para o professor).
      Novas estratégias também exigem uma modificação na dinâmica da aula, o que inclui a organização espacial, com o rompimento da antiga disciplina estabelecida.
      E ainda resta a incerteza quanto aos resultados: na estratégia da aula expositiva se garante a relação tempo/ conteúdo com maior propriedade, porém “dar conta” do conteúdo programado não é garantia de ensino ou de aprendizagem.
      Assistir aulas nulas como se assiste a um programa de TV e dar aulas nulas como se faz uma palestra não é mais suficiente.
      A seguir, apresentamos 10 estratégias destacando a identificação da estratégia, sua conceituação, as operações de pensamento predominantes, a descrição da dinâmica da atividade, e uma sugestão de acompanhamento e avaliação.

      Estratégia Didática 1 – Aula expositiva dialogada

      aula-expodialogada

      O que é?

      É a exposição do conteúdo com a participação ativa dos estudantes, cujo conhecimento prévio deve ser considerado e pode ser tomado como ponto de partida.
      O professor leva os alunos questionarem, interpretarem e discutirem o objeto de estudo, a partir do reconhecimento e confronto com a realidade. Deve favorecer a análise crítica resultando na produção de novos conhecimentos. Propõe a superação da passividade e imobilidade intelectual dos alunos.

      O que mobiliza?

      Estratégias didáticas como essa mobilizam nos alunos a coleta e organização de dados, interpretação, raciocínio crítico, comparação e capacidade de síntese.

      Como funciona

      O docente contextualiza o tema de modo a mobilizar as estruturas mentais do aluno para operar com informações que este traz (conhecimento prévio), articulando essas com as que serão apresentadas.
      A exposição, que deve ser bem preparada, requer a participação dos alunos como ao solicitar exemplos e buscar o estabelecimento de conexões entre a experiência vivencial dos participantes, o objeto estudado e o todo da disciplina.
      É importante ouvir o estudante, buscando identificar sua realidade e seus conhecimentos prévios, que podem mediar a compreensão crítica do assunto e problematizar essa participação.
      O forte dessa estratégia é o dialógo*, com espaço para questionamentos, críticas e solução de dúvidas. É imprescindível que o grupo discuta e reflita sobre o que está sendo tratado, a fim de que uma síntese integradora seja elaborada por todos.

      Como avaliar os resultados?

      A avaliação pode ser feita pela observação da participação dos estudantes contribuindo na exposição, perguntando, respondendo, acompanhando a compreensão e a análise dos conceitos apresentados e construídos.
      Além disso, é possível usar diferentes formas de obtenção da síntese pretendida na aula: de forma escrita, oral, pela entrega de perguntas, esquemas, portfólio, sínteses variadas, complementação de dados no mapa conceitual e outras atividades complementares a serem efetivadas em continuidade pelos estudantes.
      * Vale ressaltar que nesse tipo de estratégia, em que é solicitado ao aluno falar é necessário paciência e muito planejamento. Assim como estamos acostumados a dar aulas expositivas, os alunos não estão acostumados a ter que participar. Até o aluno se ambientar a uma nova forma de aula, mais participativa, pode levar algumas aulas.

      Estratégia didática 2: Phillips 66

      estratégia phillips 66

      O que é?

      Essa estratégia é uma atividade em grupo em que são feitas análises e discussões sobre temas/problemas do contexto dos alunos. Pode também ser útil para obtenção de informação rápida sobre interesses, problemas, sugestões e perguntas.

      O que mobiliza?

      Estratégias como essa mobilizam nos alunos habilidades de interpretação, análise, levantamento de hipóteses, organização de dados e explicação.

      Como funciona

      Os alunos são divididos em grupos de 6 membros, que durante 6 minutos podem discutir um assunto/tema/problema na busca da proposição de uma solução provisória. Pode ser feito uma síntese com a solução acordada pelo grupo e explicitada aos demais durante mais 6 minutos.
      O professor dá aos alunos suporte para a discussão com um texto de apoio sobre a questão discutida e estabelece a forma que os resultados serão explicados.

      Como avaliar os resultados?

      A avaliação dessa estratégia pode ser feita sempre em relação aos objetivos pretendidos, destacando-se: o envolvimento dos membros do grupo; a participação conforme os papeis estabelecidos; a pertinência das questões/síntese elaborada em relação ao que foi proposto; e o processo de auto avaliação dos participante.
      Vale ressaltar que toda atividade em grupo precisa de um fechamento do docente. O grupo precisa de uma devolutiva sobre o que foi discutido, incluindo alguma correção caso necessária.
      Assim como o desenvolvimento, avanços, desafios e dificuldades enfrentadas variam conforme a maturidade e autonomia dos alunos e devem ser vistos processualmente. Trabalho em grupo é outra coisa que talvez seus alunos não estejam habituados e precisam ser guiados para dar resultados.

      Estratégia didática 3: Tempestade de ideias (Brainstorming)

      estratégia tempestade ideias

      O que é?

      Essa estratégia é uma possibilidade de estimular novas ideias de forma espontânea e natural, deixando funcionar a imaginação. Tudo o que for levantado é considerado e se necessário, pode ser solicitado uma explicação posterior do aluno para que você enquanto professor consiga direcionar ao assunto foco da discussão.

      O que mobiliza?

      Estratégias como essa mobilizam no aluno a imaginação e criatividade, a busca de suposições, e habilidades de classificação.

      Como funciona

      Ao serem perguntados sobre uma problemática, os alunos expressam palavras ou frases curtas as ideias sugeridas pela questão proposta.
      É recomendado registrar e organizar a relação de ideias espontâneas para que no próximo momento seja feita a seleção das ideias que serão discutidas conforme critério a ser combinado (estabelecido pelo professor, o que se pretende trabalhar?*)

      Como avaliar os resultados?

      Essa estratégia pode ser avaliada pela observação das habilidades dos estudantes na apresentação de ideias quanto a: capacidade criativa, concisão e pertinência, bem como seu desempenho na descoberta de soluções apropriadas ao problema proposto.
      * Vale ressaltar que, por uma questão de tempo, é necessário dar prioridade as ideias que atendem o que ajuda na discussão que se pretende fazer. Por isso é importante estabelecer critérios e apesar disso, ouvir todos.

      Estratégia didática 4: Mapa conceitual

      estratégia mapa conceitual

      O que é?

      É a construção de um diagrama que indica a relação de conceitos em uma perspectiva bidimensional, procurando mostrar as relações hierárquicas entre os conceitos pertinentes a estrutura do conteúdo

      O que mobiliza?

      Estratégias como essa mobilizam no aluno habilidades de interpretação, classificação, organização de informações, resumo e raciocínio lógico.
      Como funciona
      O professor poderá selecionar um conjunto de textos ou de dados, objetos e informações sobre um tema ou objeto de estudo propondo ao aluno identificar os conceitos chave do objeto ou texto estudado.
      Pode ser solicitados ao alunos:
      Selecionar os conceitos por ordem de importância;
      Incluir conceitos e ideias mais específicas;
      Estabelecer relação entre os conceitos por meio de linhas e identificá-las com uma ou mais palavras que explicitem essa relação;
      Identificar conceitos e palavras que devem ter um significado ou expressam uma preposição;
      Buscar estabelecer relações horizontais e cruzadas e traça-las;
      É legal chamar a atenção dos alunos para as várias formas de traçar o mapa conceitual.
      Outra forma de se utilizar essa estratégia, é construir o mapa coletivamente, possibilitando que o aluno justifique a localização de certos conceitos e verbalize seu entendimento. A construção coletiva é uma boa opção para ensinar os alunos como fazer um mapa conceitual.

      Como avaliar os resultados?

      A avaliação desta estratégia pode ser feita pelo acompanhamento da construção do mapa conceitual a partir da definição coletiva dos critérios de avaliação. Você pode usar os seguintes critérios de avaliação: conceitos claros, relação justificada; riqueza de ideias; criatividade na organização e representatividade do conteúdo trabalhado.
      Uma dica para essa estratégia é o Cmap Tools, um programa gratuito que facilita muito a construção e organização de mapas conceituais.

      Estratégia didática 5 : Estudo dirigido

      estratégia estudo do meio

      O que é?

      Essa estratégia é um estudo sob a orientação e diretividade do professor, visando sanar dificuldades específicas. É preciso ter claro o objetivo, o roteiro e como é preparada a atividade.

      O que mobiliza?

      Mobiliza nos alunos habilidades como identificação e organização de dados, levantamento de hipóteses, explicação, argumentação  e generalização.

      Como funciona

      Pode ser uma atividade individual ou em grupo. O docente apresenta o roteiro de estudo com a situação-problema para resolução e com questões que vão ser resolvidas a partir do material estudado.
      É possível fazer discussões sobre o problema abordado para que os alunos possam expor seus conhecimentos e  posicionamentos  frente aos assuntos abordados.

      Como avaliar os resultados?

      Nesse tipo de estratégia, a avaliação pode realizada no acompanhamento da produção, ou seja, o que o aluno for construindo; na execução das atividades propostas no roteiro; nas questões que formula ao docente; nas revisões que lhe são solicitadas, e na interação e desempenho no grupo em que pertence.
      Uma avaliação diagnóstica, em que se acompanha todo o processo, é o mais indicado para estratégias grupais e atividades longas.

      Estratégia didática 6: Resolução de problemas

      resolução-de-problemas

      O que é?

      É a proposição de um problema, que exige pensamento reflexivo, crítico e criativo para ser resolvido a partir de dados fornecidos. Demanda a aplicação de conhecimento científico e de argumentos que fomentem sua explicação.

      O que mobiliza?

      Estratégias como essa mobilizam no aluno habilidades como: observação, levantamento de hipóteses, coleta e organização de dados, interpretação, explicação e argumentação.

      Como funciona

      É apresentado ao aluno um problema sem solução óbvia, em que ele tem que buscar a solução. O docente precisa orientar os estudantes nas etapas de construção da explicação do problema. Expor as hipóteses, resultados e explicações para que possa haver o debate de ideias distintas (se houver) sempre conduzindo para o objetivo pretendido.
      Vale ressaltar que, aqui como em outras estratégias, é preciso priorizar – por uma questão de tempo e de foco – hipóteses e explicações que vão de encontro a solução esperada por você ao problema proposto.

      Como avaliar os resultados?

      Observação das habilidades dos estudantes na apresentação de ideias, bem como seu desempenho na explicação do problema proposto.

      Estratégia didática 7: Estudo de caso

      estratégia-7

      O que é?

      É a análise minuciosa e objetiva de uma situação real que necessita ser investigada e é desafiadora para os envolvidos. Pode ser de um ambiente cotidiano do aluno. Em um roteiro de trabalho fornecido pelo docente deverá estar descrito os aspectos e categorias que compõem o todo da situação e as categorias mais importantes que devem ser analisadas.

      O que mobiliza?

      Estratégias como essa mobilizam nos alunos habilidades de: análise, interpretação, pensamento crítico, levantamento de hipóteses, explicação, resumo.

      Como funciona

      O docente expõe o caso a ser estudado (distribui e lê o problema com os estudantes), que pode ser um caso para cada grupo ou o mesmo caso para todos os grupos.
      O grupo analisa o caso expondo seus pontos de vista e os aspectos do problema que vão ser enfocados (decisão coletiva).
      O docente retoma os prontos principais, analisando coletivamente as soluções propostas. O grupo discute as soluções, elegendo as melhores conclusões.
      O papel do docente é selecionar o material de estudo, apresentar um roteiro de trabalho, orientar os grupos no decorrer do trabalho e mediar a argumentação apresentada pelos alunos, que deverão justificar suas preposições mediante ao conhecimento científico que dispõe.

      Como avaliar os resultados?

      Estratégias como essa podem avaliadas por fichas com critérios a serem considerados tais como: aplicação dos conhecimentos (a argumentação explícita aos conhecimentos produzidos a partir dos conteúdos); relação entre o argumento do aluno e o problema proposto e riqueza na argumentação (profundidade e variedade de informações) e capacidade de síntese.

      Estratégia didática 8:  Juri simulado

      juri-simulado

      O que é?

      É a simulação de um júri em que, a partir de um problema, são apresentados argumentos de defesa e de acusação. Leva o grupo a analisar e avaliar um fato proposto com objetividade e realismo e a dinamização do grupo para estudar profundamente um tema real.

      O que mobiliza?

      Estratégias como essa mobilizam nos alunos habilidades de: interpretação, comparação, análise, levantamento de hipótese, argumentação e explicação.

      Como funciona

      Parte de um problema concreto e objetivo, estudado e conhecido pelos participantes.
      Um aluno fará o papel de juiz e outro o papel de escrivão. Os demais componentes da classe serão divididos em quatro grupos: promotoria (de um a quatro aluno); defesa (com igual  número);  conselho  de  sentença (com  sete  alunos); e o plenário (com os demais).
      A promotoria e a defesa devem ter alguns dias para a preparação dos trabalhos, sob orientação do docente. Cada parte terá 15 min para apresentar seus argumentos. O juiz manterá a ordem dos trabalhos e formulará os quesitos ao conselho de sentença, que após ouvir os argumentos de ambas as partes, apresenta sua decisão final.
      O escrivão tem a função de fazer o relatório dos trabalhos. O plenário fica encarregado de observar e avaliar o desempenho da promotoria e da defesa.

      Como pode ser avaliado os resultados?

      Estratégias como essa podem ser avaliadas pela avaliação formativa ou fichas de avaliação, considerando o processo de formulação do debate,   a   apresentação   concisa,   clara   e  lógica  das  ideias,  a   profundidade dos argumentos e embasamento de conhecimento científico.

      Estratégia  didática 9: Fórum

      Forum

      O que é?

      É um tipo de reunião em que todos os membros do grupo tem a oportunidade de participar da discussão de um tema ou problema determinado pelo docente.
      Pode ser utilizado após um filme, um livro, a leitura de um artigo científico, problema ou fato – histórico ou atual -, notícia de jornal, uma excursão, etc.
      Todos os membros apresentam pontos de vista sobre o assunto abordado.

      O que mobiliza?

      Estratégias didáticas como essa mobilizam nos alunos habilidades como: observação, levantamento de hipóteses, coleta e organização de dados, interpretação, explicação, argumentação e capacidade de síntese.

      Como funciona

      O docente explica os objetivos do fórum, delimita o tempo total e o tempo parcial de cada participante e define funções dos participantes.
      O coordenador organiza a participação, dirige o grupo e seleciona as contribuições dadas para a síntese final (recomenda-se que esse papel seja feito pelo docente dependendo do público em que essa estratégia for utilizada);
      O grupo de síntese faz as anotações que irão compor o trabalho final.
      E o público participante, cada membro do grupo se identifica ao falar e dá sua contribuição, fazendo considerações e levantando questionamentos.
      Ao final um membro do grupo de síntese relata o resumo elaborado coletivamente.

      Como avaliar os resultados?

      Estratégias como essa podem ser avaliadas com auto-avaliação dos alunos, e critérios pré estabelecidos como: a participação dos alunos como debatedores e público; a habilidade de atenção e concentração; a síntese de ideias apresentadas; os argumentos apresentados e a produção escrita final.

      Estratégia didática 10: Ensino com pesquisa

      estudo-com-pesquisa

      O que é?

      É a utilização dos princípios do ensino associados aos da pesquisa. Trabalha com a concepção de conhecimento e ciência em que a dúvida e a crítica, assim como a construção coletiva do conhecimento, são elementos fundamentais.

      O que mobiliza?

      Observação, interpretação, classificação, resumo, analise, levantamento de hipóteses, decisão, comparação, planejamento, coleta e organização de dados, generalizações

      Como funciona

      Desafia o estudante como investigador, ou seja, diante de uma situação a ser investigada, o aluno cumpre etapas como em uma pesquisa científica.
      O docente norteia os alunos durante o desenvolvimento da pesquisa que tem como etapas:
      Construção do projeto: delimitação do problema a ser estudado, quais conhecimentos se baseiam a introdução e qual a hipótese de trabalho.
      Metodologia: como os dados serão coletados (ou se serão fornecidos pelo docente), definição de como analisar os dados, teste de hipóteses e análise dos dados.
      Resultados: interpretação e apresentação dos resultados, discussão argumentando a explicação do problema.
      Considerações finais: o que se concluiu, explicação para o problema investigado.

      Como avaliar os resultados?

      Estratégias didáticas como essa podem ser avaliadas com o acompanhamento do cromograma, observando e corrigindo cada uma das etapas da pesquisa.
      As pesquisas podem ser apresentadas para a discussão, e assim a avaliação além de levar em conta o processo de produção, pode considerar também o produto final, o trabalho escrito e a argumentação oral das ideias defendidas pelos alunos.

      Para saber mais

      Quem quiser ler mais sobre o assunto, pode buscar nos livros:

      sábado, 7 de julho de 2018

      BRINCADEIRA SUSTENTÁVEL: Projeto horta e alimentação saudável

      BRINCADEIRA SUSTENTÁVEL: Projeto horta e alimentação saudável: Público Alvo – Destinado a alunos de Educação Infantil Duração: O projeto se caracteriza por ser uma atividade continuada, portanto, não...

      Plano de Aula Alimentação Saudável Plano de Aula Objetivo Metodologia Materiais Utilizados Avaliação Bibliografia Metodologia

       Iniciar a aula explicando a importância de uma alimentação saudável;
      ·         Orientá- los sobre a importância de não consumir produtos industrializados;
      ·         Mostrar a divisão dos alimentos na Pirâmide  Alimentar;
      ·         Explicar a origem dos alimentos (animal, vegetal e mineral);
      ·         Apresentar um vídeo sobre alimentação saudável;
      ·         Levar as crianças na sala de informática para jogar: http://iguinho.com.br/zuzu/diversao_piramide.html
      ·         Construção da pirâmide alimentar através de recortes de revista;
      ·         Confecção do cardápio;
      Solicitar  que cada criança traga de casa uma fruta, para juntas prepararem  uma salada 

      Alimentação Saudável

      Alimentação Saudável

      alimentacao-saudavel
      Nosso corpo é fantástico, exerce diversas funções ao mesmo tempo e isso só é possível porque todos os dias ingerimos o combustível básico para que ele dê conta tanto trabalho. Esse combustível é o alimento.
      alimentação sempre foi a base de sobrevivência do homem, e passou por modificações ao longo do tempo. Basta pensarmos nos homens das cavernas que tinham praticamente uma única fonte de alimento: a carne.
      Com a evolução do homem e a prática da agricultura, a alimentação ficou 
      mais variada, acrescentando o consumo de legumes, verduras e frutas.
      Com a modificação cada vez mais rápida da sociedade, as necessidades foram modificando e os gostos também e o fato é que, vários tipos de alimentos foram criados, novos ingredientes surgiram e isto pode garantir produtos cada vez mais atraentes e saborosos, mas nem sempre eles são sinônimo de alimentação saudável.
      Alimento saudável é aquele que tem os nutrientes necessários para manutenção do organismo, promovendo equilíbrio em seu funcionamento. Nutrientes são substâncias presentes nos alimentos, que nos fornece energia, promove o crescimento e o desenvolvimento, além de manter o nosso corpo saudável.
      Para fins de estudo, os nutrientes são classificados em grupos de alimentos que são classificados de acordo com a função que desempenham no organismo. Existem basicamente três grupos: os que fornecem energia para o trabalho do organismo, por isso chamado de alimentos energéticos , os que são responsáveis por dar estrutura e fazer a manutenção do trabalho orgânicos, por isso chamados de construtores e os que regulam as atividades do organismo por isso chamados de reguladores. Para conhecer mais sobre os grupos de alimentos, pesquise em nosso especial sobre nutrição.
      Para entendermos qual é a forma adequada de organizar a alimentação é importante conhecer a pirâmide alimentar , que representa a maneira correta de nos alimentarmos, através da divisão dos alimentos em seis grupos, de acordo com as necessidades orgânicas diárias. Conheça com detalhes como é essa divisão, pesquisando em nosso especial sobre pirâmide alimentar.
      Produtos industrializados
      Para aprimorar sabores e chamar a atenção dos mais variados gostos, a indústria alimentícia usa vários ingredientes que muitas vezes fogem das características dos alimentos naturais. Açúcar para dar um sabor ainda mais doce; gordura saturada e gordura trans para dar maior maciez, leveza e cremosidade; sódio para acentuar o sabor e corantes para modificar a cor e o aroma, deixam muitos alimentos com aspecto e sabor irresistíveis. A questão é que esses componentes prejudicam a saúde, principalmente quando se tornam hábito na alimentação das pessoas.
      Por isso, é fundamental começar a prestar mais atenção nas embalagens dos alimentos consumidos, verificando os ingredientes, quantidade de calorias, valor nutricional, etc., priorizando sempre a qualidade.
      Obesidade: consequências da má alimentação
      Antigamente o fato de uma pessoa ser gorda sempre estava associada à saúde, mas com os diversos estudos já realizados sobre alimentos e saúde, ficou provado que, muito pelo contrário, as pessoas com excesso de peso tem propensão à várias doenças, principalmente relacionadas à circulação sanguínea. Há muitos casos de pessoas obesas que desenvolvem anemia, justamente porque priorizam a quantidade em detrimento da qualidade.
      A obesidade pode se desenvolver por diversos fatores: distúrbios hormonais, distúrbios emocionais, falta de orientação sobre alimentação na infância, etc., mas em qualquer uma dessas situações, será necessário buscar ajuda médica e de um nutricionista, sempre lembrando que não existem regimes milagrosos se não houver uma reeducação alimentar.
      Além da obesidade, outros problemas podem ser desencadeada tanto pela falta como pelo excesso de nutrientes necessários, como por exemplo: desnutrição, anemias, diabetes e hipertensão, entre outras.
      Realmente muitos problemas de 
      saúde podem ser evitados ou 
      mesmo tratados através de 
      uma alimentação saudável, e, 
      para isso, é importante sempre ter 
      cuidado na escolha dos alimentos, 
      balancear os nutrientes, que 
      devem ser adequados para cada pessoa.
      Os especialistas são unânimes em
      afirmar que quanto mais colorido for 
      o prato, mais saudável é a alimentação. 
      Mas por que um prato colorido??? 
      Porque ele tem verduras, legumes, 
      cereais etc que, em conjunto, 
      fornecem todos os nutrientes que
      precisamos para manter a saúde.
      Também é preciso dar atenção para a regularidade , variedade e qualidade dos alimentos que são ingeridos. Quem não toma café da manhã, em geral, tende a passar dos limites no almoço, por isso não pule nenhuma refeição. Tente alimentar-se em intervalos entre três e quatro horas. Lembre-se: ao desrespeitá-los a sensação de fome o obrigará a comer mais do que o necessário!
      Dicas para uma alimentação saudável
      • Prefira alimentos frescos, naturais, integrais e variados;
      • Consuma diariamente frutas, verduras e legumes;
      • Diminua as frituras e os alimentos com elevada quantidade de açúcar, gordura e sal;
      • Coma devagar, mastigue bem os alimentos;
      • Faça suas refeições em ambiente tranquilo; procure manter os mesmos horários e os intervalos regulares;
      • Prefira sucos e refrescos naturais aos refrigerantes;
      • Evite beliscar ou substituir suas refeições por biscoitos, salgadinhos, chocolates ou outras guloseimas.
      Outras dicas importantes:
      • Comer bem não é comer muito;
      • Varie amplamente os alimentos, de tal maneira que o organismo receba todos os nutrientes de que necessita;
      • Mantenha-se na margem do peso ideal para seu biotipo;
      • Busque a sensação de bem estar físico, intelectual e emocional;
      • Beba bastante água;

      Curiosidades
      Entenda alguns termos utilizados para caracterizar alguns tipos de alimentos:
      Diet :  tem como objetivo atender pessoas que, por alguma razão, precisam restringir certas substâncias de sua alimentação. É o caso dos diabéticos, hipertensos, celíacos (intolerantes ao glúten), entre outros. Ele recebe esta classificação quando um nutriente é retirado totalmente da composição deste alimento, podendo ser, por exemplo, o açúcar, a gordura ou o sódio.
      Light : são alimentos que tem uma redução significativa na quantidade de um nutriente, que pode ser o açúcar, a gordura, entre outros. Esta diminuição deve ser de pelo menos 25%.
      Orgânico :  é aquele produzido em condições naturais, sendo totalmente livre de agrotóxicos e aditivos químicos e por esse motivo conservam as propriedades naturais, mantendo o mesmo nível de vitaminas, sais minerais, carboidratos e proteínas.
      Integral : são alimentos que não tiveram sua estrutura alterada, mantendo a integridade de seus nutrientes, sem perda de valores qualitativos e quantitativos.
      Alimento Refinado : é aquele que passa por um processo mecânico (refinamento) que retira partes comestíveis com o intuito de torná-lo mais durável e de fácil preparo, bem como de retardar a ação de microrganismos. Este processo é utilizado principalmente em cereais, como trigo, arroz, açúcar e sal. Como consequência grande parte dos minerais, vitaminas, proteínas e fibras são perdidas.
      Dicas de Atividades
      Este tema é realmente “um prato cheio” para se explorar em sala de
aula, principalmente pelo fato das crianças e adolescentes ter a
tendência de atacar os doces, salgadinhos e guloseimas a todo o momento.
      Um bom começo é fazer uma pesquisa na classe, ou mesmo na escola, sobre a predominância dos alimentos utilizados. Para isso os alunos devem preparar um questionário, o público alvo da pesquisa e as etapas da execução.

Depois dos dados coletados e tabulados eles deverão analisar a qualidade da alimentação dos colegas e também divulgar os dados, de preferência com a divulgação, através de panfletos a respeito da importância de uma alimentação saudável.
      Cuidar da higiene dos alimentos também faz parte de uma alimentação saudável e pesquisar sobre esses hábitos ajudará na conscientização a respeito das atitudes mais corretas.
      Ainda há polêmica em relação ao uso dos alimentos transgênicos e vale a pena solicitar uma pesquisa, organizando os alunos em grupos para que cada um pesquise sobre um aspecto dos alimentos transgênicos: como são produzidos, pontos favoráveis, controvérsias, locais de produção, etc. Esse trabalho poderá culminar em uma exposição esclarecendo a comunidade a respeito dos alimentos transgênicos.
      Convidar um nutricionista para realizar uma palestra a respeito de como ter uma alimentação saudável pode esclarecer muitas dúvidas dos alunos e dos pais. Aproveite também as outras atividades de nosso site!