sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Manifestação contra PEC 241

Marcelo Fernandes em 11 de Novembro de 2016
Pelo menos 2 mil estudantes, servidores, professores e representantes de organizações sindicais de Corumbá e Ladário – segundo organizadores – participaram da passeata contra a PEC 241-2016, na manhã desta sexta-feira, 11 de novembro. A Proposta de Emenda Constitucional estabelece um novo teto para o gasto púbico, que terá como limite a despesa do ano anterior corrigida pela inflação. Ela congela as despesas do Governo Federal por até 20 anos.
A mobilização, que acontece em nível nacional, também é contrária à terceirização, ao projeto “Escola Sem Partido”, Reforma do Ensino Médio, Reforma da Previdência, o projeto de lei que altera as regras para a exploração de petróleo e gás natural do pré-sal, flexibilização da jornada de trabalho.
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Participantes, em sua maioria, usaram camisetas na cor preta
Vice-regional da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) em Corumbá e Ladário, Luízio Espinoza explicou ao Diário Corumbaense os motivos da mobilização. “Somos contra a retirada de inúmeros benefícios, dos concursos públicos que não irão acontecer nos próximos vinte anos. Percebemos que sociedade, alunos e acadêmicos estão preocupados com a situação. Essa PEC vai atingir não só servidores, mas a sociedade. O país se mobiliza contra essa PEC”, afirmou o representante local da Fetems, organizadora da greve geral em Mato Grosso do Sul. Nesta sexta-feira, não houve aulas na rede pública de ensino – Estado e Município.
 “O objetivo único é protestar contra essas reformas que vão acabar com a educação e, certamente, com todos os direitos sociais, tendo em vista que a PEC 241, agora PEC 55 no Senado, é um atentado à Constituição e, sobretudo, aos direitos do cidadão no Brasil”, disse Elisa Pinheiro de Freitas, professora da UFMS, que participou da caminhada.
Alunos do ensino médio técnico participaram da passeata que percorreu pacificamente as principais ruas do Centro corumbaense e terminou com a “ocupação” do Jardim da Independência. Estudantes de escolas das redes Municipal e Estadual de Ensino também fizeram parte da mobilização.
Samara Senna do Carmo, 16 anos, afirmou a este Diário que a mobilização quis “mostrar para a população que a PEC não é algo que vá trazer benefícios. Serão 20 anos de congelamento de recursos voltados para educação e saúde”. Amanda Campolin Feiden, 16, viu a passeata como expressão pública da posição contrária da sociedade à PEC 241. “Já vimos a força que uma manifestação pacífica, como esta, tem para mudar e alterar o cenário político nacional. Nesse momento, em que temos uma série de retirada de direitos, de tentativas de cortar conquistas construídas ao longo dos anos, precisamos mostrar para o Congresso que tanto estudantes quanto a sociedade estão se mobilizando e se posicionando contra. A PEC 241 e outras propostas votadas têm como objetivo sucatear não só a educação, mas os serviços públicos como um todo”.

Passeata percorreu pacificamente as principais ruas do Centro corumbaense
A Greve Geral mobilizou a Fetems  e seus 73 sindicatos de base na ação nacional convocada  centrais sindicais brasileiras e pelos movimentos sociais. A decisão foi tirada em assembleia geral da categoria no último dia 27 de outubro. Participaram da mobilização representantes da Adufms, Fetems, Sista/UFMS, Sintel-Ladário, Sinpaf, Simted, Sinpol/MS, Sinasefe.

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