Em noite de trapalhadas e agressões, Paulo Duarte demonstra preparo em debate da TV Morena
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5 de outubro de 2012
O
segundo e último debate entre os candidatos a prefeitura de Corumbá,
realizado pela TV Morena na noite da quinta-feira, 4 de outubro, foi
marcado por uma série de deslizes, equívocos e agressões dos candidatos
Elano Holanda, Solange Alves e Marco Antônio Monje. Confusa e
visivelmente nervosa, a candidata do PMDB esqueceu o nome do programa
municipal “Se essa rua fosse minha”, informou dados incorretos sobre o
orçamento municipal e até agradeceu a emissora de tevê se referindo a
seu antigo nome (TV Cidade Branca), que não existe mais.
Apesar da advertência inicial do
moderador, o jornalista Ginez Cesar, de que “ofensas e grosserias não
deveriam tomar lugar das propostas”, no tempo que teria para fazer uma
pergunta a Paulo Duarte sobre um tema relevante para a cidade, Solange
preferiu atacá-lo, citando processos inexistentes contra o candidato e
lançando mão de matérias de jornais e fontes não oficiais. “Há alguns
jornais que, em época de eleição, publicam qualquer coisa. Mas se a
senhora buscar corretamente verá que o próprio Ministério Público mandou
arquivar. Entre em qualquer site do tribunal e descobrirá que não
existe contra mim nenhum processo sobre os assuntos que falou”,
respondeu Paulo Duarte. “Aliás, se eu tivesse qualquer problema com a
Justiça, eu não estaria aqui e não seria candidato”, acrescentou o
deputado, autor do projeto Ficha Limpa estadual.
Na tréplica, a candidata ainda teve de
ouvir calada que é ela quem tem problemas com a Justiça. Por conta de
calúnias, difamações, injúrias e artimanhas que buscaram induzir o
eleitor a erro, a coligação de Solange foi punida pela Justiça Eleitoral
com 5 multas, que juntas totalizaram mais de R$ 350 mil. Além disso,
teve seu programa na tevê e no rádio suspenso por três vezes e viu o
candidato Paulo Duarte ocupar seu horário em 10 direitos de resposta
concedidos pela justiça. “Eu era visto no meu programa, com compromissos
e propostas para a cidade, e no programa dela, com os direitos de
resposta”, ironizou Duarte.
Já o professor Monje mostrou
desconhecimento das leis. Primeiro por afirmar que um servidor público
não pode exercer dois cargos, sendo que o Decreto Federal 57.744 exige
dedicação exclusiva somente a funcionários de regime de tempo integral.
Depois, ao ser indagado por Paulo Duarte a respeito da Lei Federal
12.305, novamente se enrolou. “O professor Monje não respondeu minha
pergunta porque não deve conhecer essa lei, que obriga os municípios a
implantar um plano integrado de resíduos sólidos até outubro de 2014”,
disse Paulo Duarte. “A partir do ano que vem, quando eu estiver na
prefeitura, vou construir aterros sanitários, usinas de lixo e programas
de coleta seletiva”, acrescentou.
Na ocasião que teve para debater a saúde
pública no município, Elano também preferiu atacar Paulo Duarte, se
esforçando em colocar o parlamentar no Poder Executivo. Duarte respondeu
da seguinte maneira: “Você está equivocado. Sou deputado, não faço
parte da administração de Corumbá. É do meu partido, mas não faço
parte”, disse. “Além disso, se você fizer uma pesquisa em qualquer
município do Brasil verá que a saúde é um problema nacional, o que não
quer dizer que não trabalharemos muito para melhorar. Sou candidato a
prefeito de Corumbá e quero melhorar a saúde da minha cidade”, afirmou
ele, que comentou a respeito das UPAs nos bairros Guatós e Dom Bosco,
que serão inauguradas em breve. “Elas vão desafogar o pronto-socorro. Há
19 postos de saúde que já existem e 5 em construção. Mas também
cuidaremos da saúde desde o início, da prevenção, com o Programa Médico
da Família, além de melhorar e humanizar o atendimento, qualificar a
mão-de-obra e garantir a boa remuneração. E vamos reestruturar
completamente o hospital, que sofreu intervenção do Ministério Público
por má gestão”, comentou, em clara menção ao escândalo que envolveu o
marido de Solange quando o mesmo era secretário de saúde de Corumbá.
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