segunda-feira, 28 de março de 2011


Eduardo Baqueiro



O telefone tocou, reconheci aquela voz distante

Uma voz que vinha com sinais de tristeza

De uma amiga querida que se achava perdida 

Sua mãe estava doente, e a morte espreitava sua mente

O desespero invadiu-lhe a alma, absoluta

Como somos estúpidos, não aceitamos o fim da jornada

Sofremos, como se fosse a única coisa a fazer

Talvez porque a morte tem seus mistérios

Envolta num véu escuro, sim isto é verdade

Mas onde está a fé neste momento? 

Perdida numa caixa no fundo do baú?

Ou esquecida dentro da rotina do seu dia a dia?

Morte não é o fim, tampouco um adeus definitivo

É apenas uma pausa de uma jornada infinita

Perde-se apenas o corpo, do pó ao pó

Mas a alma continua, a luz e o amor continuam,

todos os sentimentos, as lembranças 

e tua consciência te acompanham

Saímos do lodo e encontramos a realidade

Se não tens medo da verdade alegra-te, ó homem

A cortina se desfaz e tua alma se renova

Um novo mundo, novas experiências te aguardam

O aprendizado te servirá de esteio 

para o caminho que está a te esperar

Encontrarás aqueles que partiram antes de ti

Não desejarás retornar, 

verás a tolice ao pensar que o fim estava próximo

Temos tanto para aprender e deixamos as lições para amanhã

preocupados com nossas tolices

Amiga, não tema a morte, ela virá um dia

e nada poderás fazer a não ser te curvar...

Preocupa-te com aquilo que pode mudar,

onde possa fazer a diferença, seja útil

Na medida de suas possibilidades,

deixe a vida correr em seu ritmo 

E tenha fé que ficará bem

Seja feliz...

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