sábado, 23 de fevereiro de 2013
É como diz a música: “de tantas mil maneiras
que eu posso ser, estou certa que uma delas vai te agradar...”. Mas,
quem disse que eu quero te agradar? E quem disse que não? Se nem sempre
as coisas são como parecem ser, por vezes são. Exatamente como. Simples
assim. Ou não... Quem sou? Posso ser muitas coisas, posso falar tantas
outras pra que, de repente, você tenha uma vaga idéia de quem eu seja. E
daí? Posso mentir, ocultar, exagerar, divagar, iludir... Mas, como
poderia te dizer, de verdade, quem sou em simples palavras? Poderia até
tentar, quem sabe criar um conceito sobre mim, sobre quem fui, sobre
quem posso ser. Mas, a questão é que não caibo num único verbo, ninguém
cabe... Não é uma questão de ser, e aí até poderia dizer que é uma
questão de estar, mas o ser humano é bem mais que isso (ser, estar,
permanecer, se tornar...). Eu até poderia tentar, com toda sinceridade,
me definir. Se eu acreditasse em definições, quem sabe eu tentaria. Não
acredito! Não tento! Definir é rotular. E pessoas não cabem em rótulos
(algumas até...), conceitos fechados são só pra aquelas pessoas que se
apegam a toda forma de convenções. Rotulam-se, se amoldam ao que é dito
“normal”, fazem exatamente o que esperam delas, deixam de viver.
Acredito no sentimento, no gesto, no afeto, nas pessoas que amo e que
jamais quero perder, no coração acelerado cada vez que “aquela” pessoa
te olha, e um simples toque daquele alguém faz seu corpo inteiro
estremecer, acredito na cumplicidade, na intimidade que somente duas
pessoas que realmente esperaram uma pela outra conseguem ter, acredito
no carinho imediato e na identificação que surge logo no primeiro
momento, na entrega de cara sem dúvida alguma, acredito na força das
palavras e no silêncio do olhar que grita vontades dentro da gente,
acredito nos instantes bobos ou nos momentos mais sérios, no papo cabeça
ou naquela conversa sem nenhuma pretensão em que falamos o que nos vêm a
mente sem o medo de parecermos “idiotas”, acredito em todas essas
“coisinhas” que de tão tolas não poderiam ser mais sábias, que de tão
simples gigantescas se tornam quando nos vemos inteiros no outro,
pequenos-enormes momentos que nos fazem querer permanecer pra sempre em
alguém. Acredito no que sinto, e só... Porque o que determina quem somos
é o que sentimos, as pessoas que nos cercam, e os momentos que passamos
com elas. Pessoas, gestos, afetos, momentos nos fazem “SER”. Frustrante
quando por medo, por covardia, pressão, obrigação, ou seja lá porque
for, até pelo que não entendemos ou pelo que pensamos ser nobre, lutamos
contra o que sentimos, deixamos de cultivar momentos, silenciamos
saudades, reprimimos vontades, desperdiçamos afetos, abandonamos o
gesto, deixamos de ser nós mesmos (nossa essência se perde quando
fazemos o contrário do que o nosso coração sente e quer)... Porque não
se trata apenas de quem somos, mas do que sentimos, do caminho que
escolhemos, onde queremos chegar e, sobretudo, das pessoas que vamos
querer que estejam lá, pra dividir nossos melhores e piores momentos.
Por isso, não deixe que pessoas que verdadeiramente te são importantes
saiam da sua vida, jamais deixe que falte o gesto, o carinho, o abraço,
ou simplesmente o olhar, aquela palavrinha que em dado minuto pode mudar
tudo. Reconstruir o que se julgava perdido. Não permita nunca que
medos, obrigações, imposições, e a falta de atitude te impeça de viver o
que você sempre esperou. Pessoas e histórias se perdem o tempo todo.
Não se perca de você. Não se perca de quem você sempre desejou. Espere o
seu tempo, mas não deixe passar a hora. Não arrisque demais. Dizem que
só existe um momento para ser feliz: o agora! Sei que não é simples
assim, embora eu relute tanto, sei que algumas coisas só podem acontecer
no depois (é preciso que um ciclo se feche completamente pra que outro
se abra por inteiro, eu sei! Mas nem sempre é fácil esperar)... Seria o
tal tempo certo das coisas? Sem dúvida! O segredo é não deixarmos que o
tal momento certo se perca em tantos “depois”. Tomara que saibamos fazer
isso... Tomara...!
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