Colagem
é um tipo de arte onde o artista une pedaços de papel liso, estampado,
pintado ou impresso (jornais, revistas, embalagens...) ou pequenos
objetos sobre um suporte geralmente plano. O seu objetivo é criar ou
recriar novas expressões visuais, novas imagens.
A colagem foi uma técnica iniciada por Pablo Picasso, em 1912 em sua obra Natureza Morta com Cadeira de Palha.
A
ideia de Picasso, de início considerada apenas divertida e corajosa,
constitui na realidade uma verdadeira REVOLUÇÃO na pintura, e não só do
ponto de vista técnico.
Com
a nova técnica da colagem, Picasso rompeu a tradicional postura da
pintura a óleo, baseada no respeito pelos materiais clássicos da cor e
do suporte, quebrando regras, até aí intocáveis, que exigiam para a
realização dos quadros o uso exclusivo dos materiais tradicionais: as
tintas a óleo e o suporte de tela.
A
colagem tornava-se assim uma montagem de três dimensões, um objeto
composto por variados materiais de uso diário, e mesmo de desperdícios,
que assim expressava de uma forma direta a realidade e o quotidiano.
A HISTÓRIA DA COLAGEM
A
colagem como procedimento técnico tem uma história antiga, desde a
própria invenção do papel na China (200 a.C), mas sua incorporação na
arte só será aceita a partir do século XX, com o cubismo (movimento
artístico). A proposta da colagem no cubismo era romper com os padrões
aceitos da arte renascentistas e libertar o artista da tela para que ele
pudesse utilizar outros materiais para expressar a sua arte.
Pablo
Picasso e Georges Braques são os maiores representantes dessa arte.
Foram influenciados pelos escritos, teorias e pinturas de Paul Cézanne.
Para inovar e ganhar mais liberdade em suas produções artísticas, eles
passaram a incorporar areia, jornais, penas, tecidos e outros materiais
em seus trabalhos.
Movimentos
como o Dadaísmo (que se afirmava um movimento contra todos os
movimentos), elegeram a colagem como principal meio de expressão,
introduzindo nas suas criações a ironia, a provocação, o realismo e o
niilismo.
Fruteira e copo (1912) de Georges Braque, é considerada uma das primeiras colagens da arte moderna.
Não
podemos falar em colagem sem citar Henri Matisse, uma das maiores
expressões artísticas do mundo, inclusive na arte da colagem. Matisse é
considerado um dos fundadores e principais representantes do fovismo.
Começou a dedicar-se à pintura após terminar, em 1890, seus estudos de
Direito. Deu grande impulso à arte de sua época com seu estilo
caracterizado por uma linha vigorosa e pelo uso de cores com tonalidades fortes.
Em
1930 Henri Matisse não pode mais usar tinta óleo, por motivos de saúde,
abandonando, assim a carreira de pintor. Matisse redescobriu-se na arte
da colagem, técnica que continuou praticando até o fim da vida. “Por
que é que não pensei nisto antes? Cada vez me convenço mais de que com
um simples recorte se pode expressar as mesmas coisas do que com o
desenho e a pintura…” Dizia Henri Matisse.
Em
1947 Matisse lançou o seu livro Jazz, composto de várias obras onde
foram utilizadas a técnica que Matisse chamou de "desenho com tesoura”. O
livro Jazz trás as impressões de Matisse sobre a arte e a vida.
No
Brasil, Teresa D’Amico foi a primeira artista a assumir a colagem como
meio de expressão artística, depois dela vários outros artistas
plásticos testaram esta arte, como exemplos cito: Carlos Sciliar e Jorge
de Lima.
Vamos ver algumas obras dos artistas supracitados.
PABLO PICASSO:
JORGE DE LIMA
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