sábado, 20 de abril de 2013

RESENHA CRÍTICA: Análise do artigo: “Educação e Comunicação: o papel dos meios na formação do aluno e do professor na educação de Jovens e Adultos”, de Moacir Gadotti. Comunicar e educar são processos de intercâmbio, de troca e não somente a fala de um para o outro. O aluno é importante no processo, pois ele participa e contribui para o aprendizado. Ele precisa ser ativo nesse processo. A tecnologia proporciona ao aluno, estar em contato com o professor mesmo não estando em sala de aula, sendo assim, ela pode ser uma facilitadora do processo ensino/aprendizagem. A educação e a comunicação nasceram do processo de humanização da sociedade, como uma necessidade de sobrevivência. O artigo expõe para análise a educação e a comunicação como libertadora ou manipuladora, dependendo de como ela será utilizada. O professor, como mediador do processo da construção do conhecimento, tem o papel fundamental de levar o aluno a perceber as mídias como formas de comunicação que devem ser analisadas criticamente. A escola não é apenas o espaço físico. Sem as pessoas que compõem a escola, ela torna-se apenas um prédio que servirá para qualquer outro fim. Na década de 60, com a introdução da educação televisiva, pensava-se na “descolarização da sociedade”, mas percebeu-se que, ao contrário do que se previa, a escola fortaleceu. O que mudou com a informação televisiva em massa, é que recebemos alunos, desde as primeiras séries, com muitas informações, muitas delas positivas, mas também, muitas informações negativas, que dificulta o trabalho daquele professor que ainda não percebeu essa mudança na clientela/alunos. Entre pontos negativos destacamos: Violência em desenhos animados; individualismo competitivo mostrado em programas direcionados a jovens, adolescente e até mesmo crianças. Este tipo de informação deve ser denunciado, não de modo formal, pois enquanto a mídia tem liberdade para expor seus pensamentos livremente, estamos vivendo em uma democracia, por isso defendo essa liberdade da imprensa, porém devemos denunciar informalmente, conscientizando nossos alunos dos malefícios de uma mídia massificada, ou seja, levar diversas formas de mídia para serem analisadas criticamente, sem censura, pelos alunos, mostrando o poder que a mídia tem na vida das pessoas. Podemos exemplificar esse poder com o filme: “O quarto poder”. Assistir com os alunos e fazer um debate crítico sobre o filme. Existem vários recursos para tal fim, mas requer pesquisa por parte do educador. A televisão precisa ser melhor explorada em nossas escolas, pois ela é uma cultura de massa que não pode ser ignorada; o aluno deseja aulas que tenham imagem, som, movimento, e isto é o que não está sendo compreendido pelos educadores que insistem em “lousa e giz”. Educadores comprometidos com educação de qualidade devem mostrar aos alunos que as mídias mostram uma mediação e não uma realidade, que induz ao consumismo, que levam muitos a doenças psicológicas como: anorexia, culto a magreza; depressão, pois nem tudo que se vê nas mídias podem ser adquiridos. Influenciam também na criminalidade, pois muitos filmes ensinam meios de trapacear e enganar, além do que muitos que desejam a todo custo ter produtos anunciados, partem para a criminalidade a fim de conseguirem realizar seus desejos que foram induzidos pela mídia e eles nem perceberam isto. Todos esses pontos negativos precisam ser trabalhados em sala de aula, levar os alunos a dialogarem sobre a influência da mídia em suas/nossas vidas, das famílias e das comunidades nas quais estamos inseridos. “A escola não deve impedir o aluno e a aluna de assistirem à televisão, mas ensinar a fazê-lo com uma postura crítica”. “A escola nova valoriza os meios de comunicação, buscando tornar mais interessante o conteúdo, através de metodologias novas.” p.3. Nas classes populares a televisão é o instrumento de lazer. O professor que conseguir ajustar o vídeo ao seu programa (tanto utilizar como produzir) verá que sua aula dará um salto qualitativo. Assim é indispensável investir na capacitação de professores, principalmente no que diz respeito às tecnologias e sua utilização como recurso didático, para além de saberem usar as mídias, saber também produzi-las é fundamental. É claro que para termos essa construção da criticidade do aluno com relação às mídias, o aluno precisa querer, agir, expressar, e o professor tem que provocar esse querer, esse interesse e colocar à disposição do educando uma multiplicidade de meios como vídeos, CD, DVD, Internet, jornais, levando-os a construírem um conhecimento, tendo em vista o olhar crítico, e aí entra o professor como mediador entre as mídias e o aluno. Mas precisamos ter também uma mudança de mentalidade do professor para que ele queira mudar e introduzir em suas aulas, com um planejamento adequado e com objetivos claros, o uso das mídias. No chat o professor Marcelo Morello e a professora Franciely sugeriram a criação de vídeos gravados pelos alunos, sendo orientados pelo professor e a professora Denise nos alertou para o ponto positivo desta criação que é poder assistir ao próprio vídeo, parar, refletir... conhecer sua comunidade escolar e entorno. Isso é importante para formar uma criticidade daquilo que se lê através do áudio visual. O professor Antônio expôs a ideia de que, se nossos alunos produzirem seus próprios vídeos e observarem o resultado, perceberão, como, através da lente de uma câmera pode-se mudar, contemplando a realidade e buscando formas de mudá-la, se chegarem à conclusão de que não esta realidade que eles desejam. Assim os alunos entenderão melhor o poder que esse meio de comunicação tem sobre toda a sociedade e que é fundamental que cada um se enxergue e perceba sua participação na construção e nas mudanças que ocorrem ao seu redor. Enfim, “... a escola deve ser um local de criação/recriação da cultura e da cidadania”, onde cada um, que compõe a comunidade escolar, é um ator ativo no palco da construção/reconstrução do saber. É um texto que abarca informações importantes para o universo escolar e deve ser lido por todos aqueles que fazem parte ou não desse espaço.

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