sábado, 17 de maio de 2014

Dicas aos Pais que poderão evitar más notas dos seus filhos


Pais podem evitar más notas dos filhos
se agirem desde já, dizem especialistas

Criar rotina de acompanhamento diário e checar cadernos dos filhos ajuda
Cláudia Pinho, do R7

Texto:



Daia Oliver/R7Daia Oliver/R7

Luca, 10, é bom aluno e por isso sua mãe o deixou mais livre para fazer a lição

Com o início do ano letivo, começa também a preocupação dos pais com o desempenho dos filhos nos estudos. Lições de casa, provas, trabalhos, tudo pode se transformar em uma batalha, se alunos, pais e escolas não estiverem em sintonia.

Para evitar notas baixas e surpresas desagradáveis no final do ano, como recuperação e repetência, especialistas afirmam que, antes de mais nada, os pais devem estar antenados ao que acontece na vida escolar das crianças.

Para Maria Ângela Barbato Carneiro, professora de educação da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), a primeira coisa a fazer é checar a agenda e os cadernos do filho diariamente. Lá, devem constar as lições a serem feitas e as datas de entrega.

Além disso, muitas escolas usam esse material como canal de comunicação com os pais:

- Criar essa rotina de acompanhamento diário é muito importante para o aluno. Ele sente-se estimulado a estudar. E os pais devem estar sempre em contato com a escola.

Outra dica importante é estabelecer um horário e definir um lugar na casa apropriado para a criança estudar, seja uma escrivaninha ou a própria mesa da sala.

Disciplina

É preciso criar uma disciplina. Mas para Silvia Gasparian Colello, professora de psicologia da educação da USP (Universidade de São Paulo), o início do ano não serve apenas para organizar fisicamente os estudos:

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- Por meio de pequenas ações, como comprar o material escolar e estipular o horário para as tarefas, os pais conseguem mostrar aos filhos o quanto eles valorizam a vida escolar. Muitas crianças que vão mal na escola não têm estímulo em casa.

Segundo Silvia, a participação dos pais na vida escolar dos filhos deve ser diária. Mas ninguém precisa ficar ao lado da criança o tempo todo. Pelo contrário: o aluno precisa ter autonomia na hora de fazer o dever de casa.

- Os pais só devem interferir se a criança pedir ajuda. E mesmo assim, apenas para orientar. Jamais devem fazer a lição ou as pesquisas pelos filhos.

Estar por perto

No entanto, é bom estar por perto. Perguntar e mostrar interesse por aquilo que a criança está aprendendo faz muita diferença. E checar se o filho fez a lição e os trabalhos também faz parte do papel dos pais. Além de conferir o andamento dos estudos, Maria Ângela acredita que essa atitude evita as artimanhas dos alunos para driblar os adultos.

- É muito comum ver alunos fazendo o famoso “corta e cola” da internet. Eles copiam textos inteiros sem nem saber o que estão fazendo.

Todo esse cuidado, além de evitar os sustos com os boletins, contribui para o futuro escolar dos pequenos. E deve começar já no ensino fundamental.

Segundo Silvia, “crianças até os dez anos estão na fase da curiosidade, querem aprender, são mais interessadas. É a hora de fazer com que elas se apaixonem pela escola”.

- Na pré-adolescência, a escola começa a perder lugar para as festinhas, os namoricos, as paqueras. Mas ainda terá papel importante para aquelas crianças que foram incentivadas pelos pais, que conseguem ver a escola como algo essencial para o futuro.

Atividades extras

Outra ferramenta que pode ser usada para estimular os pequenos é oferecer atividades extras, como aulas de línguas, música, livros, revistas, passeios a museus, teatro e cinema, principalmente se esse material tiver relação com aquilo que a criança está aprendendo na escola. Para Silvia, essa ajuda é valiosa.

- Faz a maior diferença e é muito mais forte do que podemos imaginar. Uma criança que passa os finais de semana em frente à tevê, assistindo a programas de auditório, não apresenta a mesma curiosidade, o mesmo interesse do que aquelas que costumam fazer programas culturais com a família.

Mas Maria Ângela afirma que, para ter resultado, "é fundamental que esses estímulos não sejam impostos":

- É preciso despertar a curiosidade da criança, explicando antes de ir a um museu, por exemplo, o que ela vai ver. É preciso contextualizar o passeio.

Passado o Carnaval, agora é colocar essas dicas em prática e aguardar o boletim das crianças recheado com notas azuis.

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