terça-feira, 25 de novembro de 2014

Como conversar com os pais sobre a indisciplina do filho?

Two young children in classroom

Lidar com as indisciplinas cometidas pelos alunos é, sem sombra de dúvidas, um dos maiores desafios enfrentados cotidianamente pelos professores, sejam eles experientes ou em início de carreira. Por isso mesmo, a instituição escolar deve buscar promover uma reflexão constante acerca das estratégias pedagógicas e das próprias especificidades da gestão da sala de aula, auxiliando os professores a desempenharem melhor seu papel como educadores. Afinal, pequenas indisciplinas são comuns em um ambiente de constante aprendizado e de própria constituição da personalidade/caráter da criança.
Nesse sentido é que, entre os principais medos e dúvidas dos professores, encontra-se o momento de conversar com os pais sobre a indisciplina do filho. Isso porque parece existir uma linha bastante tênue entre o que é entendido como um comportamento a ser corrigido e uma espécie de “ofensa”. Para evitar desencontros e mal-entendidos, aqui vão algumas dicas para auxiliarem os professores a planejarem essa conversa e garantir o sucesso na relação com os pais.

Os pais devem ser entendidos como parceiros

Um dos pontos mais importantes a serem destacados na hora de conversar com os pais sobre a indisciplina do filho diz respeito à posição de diálogo a ser criada entre eles e os docentes. Por isso, é fundamental que a escola busque ferramentas para engajar a família nas atividades pedagógicas e fazê-la compreender a sua importância no processo pedagógico. Isso ajudará a eliminar a barreira entre a escola e a casa, que começam a ser entendidos como espaço complementares na formação do aluno.
Com relação ao professor, ele deve estar atento aos recursos de linguagem e a forma correta para abordar o ato de indisciplina. Se, por exemplo, ele começa uma reunião remarcando os “defeitos” do aluno, ele cria uma distância natural e uma certa antipatia com os pais, na medida em que eles podem se sentir afetivamente ofendidos. Por isso, menos que “problemas”, aponte para os “desafios comuns” a serem enfrentados para melhorar as condições de aprendizagem do estudante. Isso faz com que o pai veja o professor como um aliado e se reconheça como um parceiro, unidos para solucionar a questão.

Mantenha seus registros organizados

Outro ponto muito importante é na hora das reuniões, momento que pode gerar uma certa tensão entre os pais, e que tranquiliza na hora, é o fato de os professores trazerem os registros das atividades em sala de aula: diário de classe, relatórios de desempenho, mapa de frequência. Isso sugere acuidade por parte de professor e sedimenta seu lugar como uma fala autorizada e competente na hora de tratar da indisciplina.
Assim, por exemplo, se o aluno cometeu algum ato de violência física ou simbólica, é importante que o educador mostre para os pais o contexto daquela atitude, em que momento ocorreu. Dessa maneira, os pais podem dialogar e trazer outros elementos da vida extraclasse que auxiliam na hora de entender a indisciplina e procurar a melhor maneira resolvê-la. Além disso, quando forem conversar com o filho sobre o problema, eles terão ferramentas que possibilitarão que ele reflita que os pais sabem o que acontece no ambiente escolar e que também fazem parte do seu processo educacional.

Ferramentas de comunicação para evitar indisciplinas

Se a escola investe em ferramentas de comunicação entre pais e professores, seguramente ela terá mais condições de prever e evitar casos de indisciplina. Possuir, por exemplo, uma plataforma online de diálogo pode ser uma estratégia muito interessante. Afinal, por esse meio o educador pode mandar mensagens periódicas aos pais que, por sua vez, podem consultar dados como presença, notas, advertências etc. Isso evita surpresas na hora da reunião pedagógica e os pais podem vir mais bem preparados com perguntas, proposições etc.
Nessa hora, é muito importante que o professor se coloque como um aliado e estabeleça um contato bem prévio à reunião. Pelas plataformas de comunicação, ele pode informar aos pais com antecedência qual o conteúdo que os filhos devem estudar, que lições eles devem entregar e, sobre tudo, podem mantê-los informados sobre as dificuldades e progressos da criança.
Se você já passou por alguma situação interessante durante as conversas entre professores, pais e alunos, compartilhe com a gente e dê sua opinião!

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