domingo, 6 de novembro de 2011

Vou indicar pra vocês um texto de um amigo.
Uma boa reflexão sobre valores morais, acho que muitos irão pensar da
mesma forma, pena que alguns e diria que os principais envolvidos não
pensam da mesma forma.
Mas somos sim um povo diferente, porque somos BRASILEIROS!
Nosso
país é um reino estranho e cheio de coisas erradas. Nunca fomos lá
muito certinhos e as coisas acontecem para nós mais pelo acaso da
natureza e por esforço individual do cidadão do que propriamente pela
competência de nossos dirigentes. Ver o presidente Lula, diante de uma
assembleia de deputados na Turquia, dizer que todos os árabes e mascates
que vivem ou viveram no Brasil são turcos (mesmo os nascidos em vários
outros países) já foi bem ruim. Mas, encarar o olhar atônito e o
silêncio sepulcral que se seguiu, foi humilhante porque podia-se
perceber que Lula achava ter feito uma excelente e hilária piada; ao
invés de vomitar, mais uma vez, seus desconhecimentos e preconceitos.

Mas,
a coisa mais estranha do dia, foi ler uma matéria nos jornais que
informava nossas grandes chances de vermos, um de nossos cidadãos,
chefiando um dos órgãos mais importantes da O.N.U. (o UNESCO – Órgão das
Nações Unidas Para a Educação a Ciência e a Cultura); e nosso próprio
país não o apóia.

Mesmo sabendo que o brasileiro Márcio Barbosa
tem o apoio de membros importantes da O.N.U. e inclusive de países com
relações de colaboração direta com o Brasil nos campos da ciência e da
educação, nosso mui amado presidente prefere apoiar um egípcio (Farouk
Hosni) ultra-radical que já se declarou favorável a queima de livros
escritos em hebraico ou que não fossem “aprovados” pela fé islâmica.

Mesmo
que sob a esfarrapada desculpa de que esse apoio visa “mostrar boa
vontade” e promover nossa aproximação comercial com os povos árabes,
certas opções e apoios devem ser pensados cuidadosamente para que não se
fomente, em nosso país, ódios que não existem por aqui. Mesmo que “não
seja por este lado”, ao apoiar um cidadão estrangeiro que demonstra
tendências fanáticas e de radicalismo incompatíveis com um alto cargo
nas Nações Unidas que visa buscar a integração entre culturas em prol da
evolução do ser humano é, no mínimo, uma aberração total.

Além
disso, não podemos de forma alguma, mesmo sob o risco de termos
prejuízos econômicos de qualquer ordem, compactuar com radicalismos.
Sejam religiosos e culturais ou com políticas racistas e intolerantes de
quem quer que seja.

Ao apoiar um radical, em detrimento de seu
próprio cidadão, o Brasil envia a mensagem de que compactua com a visão
dos intolerantes e que é um país mercenário em busca de negócios e
divisas “a qualquer preço”.

Devemos buscar recursos, divisas e
parceiros econômicos onde quer que for. Mas, no entanto, não podemos
subverter valores morais que são nossos e que nos são caros. Aqui vivem,
em relativa harmonia, pessoas de várias cores, vários credos e de
várias origens. O estrangeiro é acolhido, como se nativo fosse, desde o
momento que pisa em nosso solo. A cultura estrangeira é tão bem-vinda e
respeitada que muitas vezes nossos intelectuais nos acusam de ser um
povo aculturado. Mas esse é o jeito do brasileiro. Tudo o que ele gosta
quer possuir, modificar e transformar em algo “mais brasileiro”.

A
tolerância, o respeito as diferenças e o sorriso franco são nossas
melhores características e são o que nos fazem destacados no exterior.
Porque é de nossa mistura de raças, credos e culturas que surgem as
nossas excepcionais criatividade e inventividade. Ontem, o mundo se
assombrou ao saber que um australiano usou uma furadeira caseira para
fazer uma pequena cirurgia cerebral. Mas aqui, no Rio de Janeiro, elas
são usadas faz tempo e rotineiramente (assim como outros utensílios
improvisados) em nossas salas de cirurgia sucateadas e abandoadas pelo
poder público. 

Somos inventivos e espontâneos. Somos os mais
dedicados em muitas áreas do conhecimento humano, falta-nos a
oportunidade para demonstrarmos nossos talentos aqui. E pelo jeito, no
Brasil, santo de casa continuará não fazendo milagres durante um bom
tempo.
Deixar de apoiar um de nós (ou qualquer outro) para apoiar
um radical que gosta de queimar livros é o fim da picada para um
governo que, a cada dia, me surpreende mais negativamente.

Pense nisso.

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