Jovens Mães
Partos na adolescência diminuem, mas gravidez precoce ainda requer atenção
A
gravidez na adolescência continua sendo um problema sério e que exige
atenção das autoridades governamentais. O panorama dessa questão no
Brasil, porém, já não é tão grave quanto há alguns anos.
A socióloga Sylvia Cavasin, que há 20 anos trabalha com o público jovem
pela ONG Ecos – Comunicação em Sexualidade, apresenta o quadro atual
das gravidezes precoces: “informações do Ministério da Saúde dão conta
que, nos últimos 10 anos, os partos em adolescentes caíram 30%. É uma
notícia para se olhar com bastante cuidado, porque significa que a
adolescência está seguindo a faixa de queda de fecundidade geral das
mulheres no Brasil”.
De acordo com a especialista, entre os fatores que explicam essa queda
está a política brasileira de distribuição de preservativos e de
divulgação de informações sobre contracepção. É um começo para que a
rede de saúde e as escolas passem a tratar da saúde reprodutiva, tanto
com adolescentes homens quanto mulheres.
Contudo, Sylvia ressalta que ainda há muito a ser feito. “Sexo é um
tema controverso, difícil, não temos um repertório social para falar
disso, é algo que estamos construindo nos últimos anos. Temos as
iniciativas do Ministério da Saúde, que falam sobre sexualidade e
prevenção, muito por
conta do HIV/Aids. Mas, o que precisa ser mais incentivado é que os
homens percebam que também são responsáveis e têm que cuidar da saúde
reprodutiva”, observa a especialista.
Fonte: Sylvia Cavasin, socióloga. É fundadora e coordenadora de
Advocacy da ONG Ecos – Comunicação em Sexualidade. É uma das
idealizadoras do Grupo de Estudos sobre Sexualidade Masculina e
Paternidade (GESMAP), da Ecos.
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