sábado, 31 de agosto de 2013

Gentileza é coisa do passado?


Gentileza é coisa do passado?

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Estava recordando de meus tempos de infância e algo me chamou a atenção: as pessoas eram muito mais gentis, educadas e íntegras. A revolução tecnológica trouxe novos paradigmas, mas, infelizmente, diversos conceitos éticos foram abandonados. Equipamentos como o computador, o celular e o vídeo-game são tratados com todo cuidado e carinho. E as pessoas, como estão sendo tratadas no cotidiano atualmente? Atos simples e singelos estão cada vez mais difíceis de encontrar. O termo solidariedade humana se tornou brega no vocabulário de muitos, que só conseguem olhar para o próprio umbigo. O escritor americano Ralph Waldo Emerson disse certa vez que: "Nunca é cedo para uma gentileza, porque nunca se sabe quando poderá ser tarde demais". A Noruega, apesar de ser um país frio, foi palco de acontecimento maravilhoso, que gostaria de compartilhar com o amigo leitor. Após um dia de trabalho, o gerente foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso, sem comunicação com exterior. Tentou abri-la, mas por dentro era impossível. Desesperado, passou a gritar por socorro, mas ninguém o ouvia, todos já haviam saído para suas casas; ninguém poderia escutá-lo. Depois de quase 2 horas, já debilitado em razão da baixíssima temperatura, temia pela vida, pois sabia que não iria suportar até o dia seguinte. De repente, a porta se abre. Era o vigia, que o retirou com vida e encaminhou-o imediatamente ao hospital. Depois de ter salvo a vida do homem, perguntaram ao vigia por que foi abrir a porta da câmara, se isso não fazia parte da sua rotina de trabalho. A explicação é uma verdadeira lição de vida: "Trabalho nesta empresa há 35 anos, centenas de empregados entram e saem pela portaria todos os dias. Ele é um dos poucos que me cumprimenta ao chegar pela manhã e se despede ao sair. A maioria passa por mim e não me "enxerga". Senti falta daquele sorriso ao final do expediente, por isso imaginei que poderia ter lhe acontecido algo. Resolvi procurá-lo para saber se precisava de alguma coisa e acabei encontrando-o numa situação complicada. Amigo leitor, quando fazemos a diferença não somos esquecidos. Desde cedo topamos com muita gente conhecida e desconhecida, não importa. Deveríamos nos atentar que um sorriso ou um simples "bom dia, como vai?" pode fazer toda a diferença. Para finalizar, apresento lindo texto do Padre Geovane: "Onde está a gentileza do bom dia? Onde está o elogio feito às mulheres? Onde está o companheirismo, a lealdade, o ciúme gostoso? Onde está a sinceridade de ser alegre? Onde está o perdão, o desejo, a felicidade solitária, a contemplação a dois? Onde está o amor..."

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