quinta-feira, 22 de agosto de 2013

participação cidadã

A Participação Cidadão é uma dimensão específ
ica que visa atuar diretamente
sobre o exercício da cidadania. Tem por definição:
Segundo as diretrizes gerais relativas às dimensões do Programa ela deve:
Um elemento que merece destaque nas atribuições da Participação
Cidadã é da
formação de valores solidários, os quais podem estar voltados ao combate da
individualização própria da sociedade moderna, conforme alerta Bauman (2001). O
fechamento dos indivíduos na esfera privada quebra o sentido de comunidade e os
valores
de solidariedade, com isso, a execução de ações que visem o outro, podem ser
uma resposta a esse processo.
A promoção e o desenvolvimento de uma ação comunitária não implicam na
intervenção de ações estatais, que seria de fato, uma participação política e
fetiva. As
A P
articipação Cidadã deverá garantir aprendizagens sobre direitos sociais, promover
o desenvolvimento de uma ação comunitária e a formação de valores solidários.
(BRASIL, 2008, p. 68).
Conceitos básicos: Participação cidadã
A participação cidadã é compreendida como ação sócioeducativa que abrange
múltiplas aprendizagens nos âmbitos da convivência entre
os jovens, da
sociabilidade e da participação cidadã na vida pública. No currículo do Projovem
Urbano, a Participação Cidadã visa a contribuir para o reconhecimento pelos
jovens de seus direitos e deveres cidadãos e para o desenvolvimento de
potencialidade
s que resultem no exercício de uma cidadania ativa, criadora de
novos direitos, de novos espaços participativos e comprometida com a democracia.
(BRASIL, 2008, p. 153)
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mesmas visam que os jovens reconheçam seus direitos, no planejamento e execução de
ações que se destinam às comunidades circundantes. Em tese, ao planejar medidas e
ações que favoreçam outros, possam também eles reconhecer
-
se como “donos” desses
mesmos direitos.
Portella (2006) pode contribuir para melhor entender essa questão ao afirmar que
a cidadania é algo que se cultiva, não é um dom natural e não nasce com os indivíduos,
mas precisa de vivência cotidiana.
Cidadania é algo que se cultiva, q
ue cresce e se forma. Portanto, não se “vira”
cidadão da “noite para o dia”, em protestos ou reuniões esporádicas. A
cidadania se constrói cotidianamente, na constância da participação em
eventos. Assim, a cidadania não é um elemento natural da pessoa, mas
cultural,
potencial e gestacional. Ou seja, cidadania é conquista, não concessão (p. 52).
E as ações comunitárias teriam potencial para esse “treinamento” para uma
cidadania ativa, a qual não espera concessões do Estado.
O
Projovem
Urbano tem uma proposta pedagógica de educação para cidadania
inegavelmente bem elaborada através da execução de ações comunitárias, as quais
muito provavelmente irão exigir que se descortinem inúmeros meios e caminhos de
aquisição de direitos. Por exempl
o, se uma determinada turma identificar como
problema a falta de iluminação pública, ela terá que percorrer os caminhos burocráticos
para gerar uma ação governamental. Depois de aprendido o caminho ele pode ser
percorrido mais vezes.
Conceitos básicos: Ação
Comunitária
No âmbito do Projovem Urbano, Ação Comunitária, é definida com base no
binômio cidadania e solidariedade, tendo como referência uma nova concepção
de assistência social que enfatiza os direitos à proteção e à seguridade social. No
âmbito do Pr
ograma, a Ação Comunitária, como projeto concebido e
implementado no contexto da Participação Cidadã, visa a contribuir para o
desenvolvimento de potencialidades dos jovens e aquisições que resultem no
reconhecimento de seus direitos e deveres cidadãos.
(B
RASIL, 2008, p. 148)
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Através da Participa
ção Cidadã o Programa quer ensinar aos jovens que eles
tem direitos, reconhecendo quais são e possam, assim, criar novos direitos. Porém, o
enfoque nos direitos sociais pode fazer passar
despercebido
o fato de que no Brasil a
negação da cidadania não ocorr
e somente pelo desconhecimento dos direitos, mas pela
nulidade política do grupo social do qual fazem parte.
“essa gente comum esteve e está mais presente na história de sua constituição
como cidadão do que a história oficial nos mostrou, e ao mesmo tempo
, a gente
comum está mais ausente da cena política do que gostaríamos que estivesse.
Mas isso se deve menos à instrução que lhes foi negada do que às estruturas
sociais que estão na base dos acontecimentos políticos, às condições materiais
de existência a
que estão submetidas e à violência com que são reprimidos nas
praças, nas associações, nas relações de trabalho” (ARROYO, 2004, p.77
apud
GALVÃO, 2006, p. 169

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