Dengue
No Brasil, a dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Não existem vacinas que previnam essa doença, por isso é importante o controle dos mosquitos.
O mosquito transmissor da dengue (e também da febre amarela).
A dengue é um dos
principais problemas de saúde pública no mundo: a cada ano, cerca de 20
mil pessoas morrem em consequência dessa doença. No Brasil, ela é
transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti fêmea, portadora do vírus dessa doença.
Esse animal, de hábitos diurnos e
crepusculares, possui tamanho pequeno, com cerca de meio centímetro de
comprimento. Sua cor varia entre o café e o preto, apresentando faixas
brancas nas patas e nas costas. Já o vírus, pertencente à Família
Flavivirus, possui quatro subtipos: o DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Este
último, desde 2010, passou a se manifestar também em nosso país.
Uma pessoa que teve dengue se torna imune ao sorotipo que provocou a doença, no entanto, existe o risco de se infectar novamente pelos outros três. Vale frisar que a transmissão só ocorre da forma que foi mencionada: não existe a possibilidade de uma pessoa portadora “passar dengue” para outro indivíduo.
A dengue pode apresentar quatro quadros distintos:
Uma pessoa que teve dengue se torna imune ao sorotipo que provocou a doença, no entanto, existe o risco de se infectar novamente pelos outros três. Vale frisar que a transmissão só ocorre da forma que foi mencionada: não existe a possibilidade de uma pessoa portadora “passar dengue” para outro indivíduo.
A dengue pode apresentar quatro quadros distintos:
- Infecção inaparente: quando não há manifestação de sintomas. É o caso que ocorre mais frequentemente.
- Dengue clássica: apresenta
sintomas semelhantes aos da gripe, como febre alta, dores, cansaço e
indisposição, além de vômitos, dores nas articulações e atrás dos olhos,
e manchas vermelhas na pele.
- Dengue hemorrágica: mais
comum em pessoas que já tiveram algum tipo de dengue, ela se manifesta
inicialmente tal como a dengue clássica. Após o terceiro ou quarto dia, a
febre diminui, podendo provocar uma queda súbita da pressão arterial, e
logo em seguida o paciente apresenta sangramentos, principalmente das
gengivas, nariz e intestino.
- Síndrome do choque da dengue: a
pressão arterial cai subitamente ou, aos poucos, vai diminuindo a ponto
de o indivíduo quase não apresentar pulso. Pode ocorrer perda de
consciência e insuficiência renal, cardíaca, hepática e/ou respiratória.
Apresentando pelo menos dois ou três dos
sintomas citados, é importante que a pessoa ingira bastante água e
procure auxílio médico o mais rápido possível. Como não existe
tratamento específico, os profissionais da saúde se focam no controle
dos sintomas e prevenção do quadro hemorrágico e demais complicações.
Pessoas com problemas crônicos devem receber atenção especial.
Confirmada a doença, é interessante que o
paciente evite ser picado novamente, reduzindo a possibilidade de novos
mosquitos e pessoas serem portadores do vírus da dengue. O uso de
repelentes, mosquiteiros, telas e vaporizadores elétricos; pode ajudar
nesse sentido.
Não existem vacinas que previnam essa
doença. Por esse motivo, as ações de controle da dengue são feitas com
base no controle do mosquito transmissor. A Secretaria de Vigilância em
Saúde (SVS), por exemplo, envia a todos os estados larvicidas e
inseticidas capazes de destruir larvas e mosquitos adultos. Os
inseticidas são lançados por meio das máquinas de nebulização; e os
larvicidas, utilizados pelos agentes de saúde em residências e outros
locais que podem acumular água parada. Como tais medidas podem provocar a
resistência dos mosquitos aos produtos, é importante que essa não seja a
única medida adotada.
Já que as fêmeas desovam em água limpa e
parada, todos os locais possíveis de se acumular esse solvente devem
ser eliminados ou protegidos, sendo necessário, portanto, o engajamento
de toda a população. Vale lembrar que os ovos são muito resistentes,
sendo necessário, dessa forma, além de eliminar a água, lavar os
recipientes esvaziados.
Medidas a adotar:
- Tampar reservatórios de água, como cisternas, tanques e fossas;
- Armazenar garrafas com o bico voltado para baixo;
- Remover o lixo e entulhos, armazenando-os em recipientes adequados e depois os destinando à coleta;
- Colocar larvicidas em recipientes, como pratinhos de plantas. A borra de café (duas colheres para cada copo de água) é bastante eficaz, sendo necessário repô-la a cada uma semana, após lavá-los com bucha;
- Abrir portas e janelas quando a nebulização estiver sendo feita em sua rua;
- Nunca deixar de atender em sua casa o agente de saúde.
- Armazenar garrafas com o bico voltado para baixo;
- Remover o lixo e entulhos, armazenando-os em recipientes adequados e depois os destinando à coleta;
- Colocar larvicidas em recipientes, como pratinhos de plantas. A borra de café (duas colheres para cada copo de água) é bastante eficaz, sendo necessário repô-la a cada uma semana, após lavá-los com bucha;
- Abrir portas e janelas quando a nebulização estiver sendo feita em sua rua;
- Nunca deixar de atender em sua casa o agente de saúde.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde. No caso da dengue, remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin NÃO podem ser ingeridos, sob o risco de provocarem sangramentos.
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde. No caso da dengue, remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin NÃO podem ser ingeridos, sob o risco de provocarem sangramentos.
Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
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